Em tudo que lemos sobre a vida de Jesus, seus ensinos, sua vida, sua trajetória enquanto aqui na Terra, é notório seu cuidado, o acolhimento fraternal e seu amor restaurador ao ser humano. Para Jesus, o bem das pessoas é a essência da lei, está acima de qualquer tradição ou prática religiosa. Sua prioridade na missão sempre foi: promover a vida, e vida com abundância para as pessoas. Ele é um mestre que instrui não somente o intelecto, depositando novas ideias na mente, Ele é o Mestre que molda e forma nossos próprios corações, buscando orientar sempre com o ensino assertivo os anseios do ser humano. Seguir a esse Mestre é se tornar um aluno na escola da “Vida”, e ter o grande privilégio de aprender, experimentar e compartilhar seus ensinos pautados em seu amor.
O ensino e as curas são parte do ministério de Jesus. Nos evangelhos vemos o ensino teórico seguido da ação prática. Um dos métodos preferidos de Jesus sabemos que eram as parábolas, pois proporcionavam uma aprendizagem contextualizada para as pessoas de sua vida cotidiana. Que levavam as pessoas a pensar, refletir e tirar suas próprias conclusões. Ele sempre estava rodeado de multidões, mas Jesus não as viam como números, via cada pessoa como singular e única. Para Ele as pessoas eram valorizadas, pois pessoas, compunham a multidão, cada uma era alvo de sua compaixão. Tinha bem definido sua missão, sabia e conhecia da carência existencial, espiritual e material do ser humano resultando em sua entrega na cruz do calvário como solução completa.
O Mestre dos mestres, tem nos ensinado de várias formas. Ele nos ensina com sua vida, com seu exemplo e muitas vezes com sua própria dor. Jesus sofreu com a perda de seu primo João, nota-se que diante do triste fato nos ensina tantas verdades, bem como manteve a sensibilidade de perceber as necessidades das pessoas ao seu redor demonstrando compaixão. Leia Mateus 14.1-36, e perceba o que Jesus fez mesmo com o coração partido pela perda de seu primo.
Quando ficou sabendo da morte e que fora decapitado, se retirou e ficou só. Perceba que por onde Ele passava as pessoas aflitas o procuravam. O Mestre não despedia as pessoas que precisavam de socorro, mas tinha compaixão delas e as curava. No final do dia deu uma ordem para os discípulos quando as pessoas dessa multidão estavam com fome: “Eles não precisam ir. Deem-lhes vocês algo para comer”. Quanto aprendemos com o Mestre, seu amor por gente, diante da dor que humanamente estava passando! A experiência do amor eterno nos faz entender o propósito de Deus em nossas vidas, mesmo diante da dor. Saber, ver e sentir esse cuidado divino nos fortalece no propósito de ser bênção em qualquer tempo na vida das pessoas.
Sempre falo: Duas coisas que nos mantêm vivos e focados na missão que Deus nos confiou: Sonhar e ajudar o próximo. Se seu sonho está baseado no outro, em ter compaixão, (compaixão é a emoção movida por ação) em querer mudar e diminuir seu sofrimento aqui e o eterno, é isso que te mantém “vivo”. “Vivo” para não desistir, vivo para superar a sua dor, vivo para aliviar a dor do outro que reflete no alívio da própria dor.
Sempre que Deus te pede algo, Ele te dá condições para realizar. Quanto mais se procura viver uma vida de obediência, com certeza enfrentará a fúria do inimigo para te desanimar. A nossa missão tem como base o amor, amor a Deus ao próximo a si mesmo. Estamos ligados ao grande mandamento com a mais plena expressão humana do amor de Deus. Veja, o grande mandamento não está isolado da grande comissão. Pelo contrário, a grande comissão: façam discípulos de todas as nações, percebemos quem é o alvo da missão: pessoas. Enquanto o grande mandamento: ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, é o como alcançar essas pessoas. Somos comissionados nesse amor ensinável e quase palpável de Deus por meio do Mestre dos mestres Jesus.
Outro ensino que podemos verificar nesse texto de Mateus 14, é o poder da oração no sofrimento. Perceba que depois de um certo tempo de oração com o Pai, tudo estava tranquilo. Esse relacionamento com o Pai dava a Jesus condições para cumprir sua missão. Sempre atento, Jesus observava do alto seus discípulos que obedeceram às ordens, mas de repente o mar em fúria açoitado pelas ondas deixa-os inseguros. Talvez nesse momento você esteja sendo açoitado pelas perdas, lutas, aflições, incertezas, enfermidades, doenças, vírus, isolamento ou outras angústias da vida. No texto há o registro de que já se tinha passado nove horas, mas Jesus estava na montanha vendo TUDO o que acontecia no barco com seus alunos. Jesus sempre chega na hora certa, seu relógio nunca atrasa, sabe tudo o que está acontecendo. Todas as situações estão embaixo dos pés de Jesus. Aos seus discípulos aflitos, cheios de insegurança, aterrorizados Ele chega andando por cima das águas, por cima do problema, do que os afligiam, chega caminhando suave para o socorro bem presente daquela tripulação.
Tudo que você pode estar enfrentando neste momento está debaixo dos pés de Jesus, está tudo sob seu controle. Jesus andou por cima do mar para que seus discípulos pudessem ver que Ele tem o controle de TUDO. Então chega aos seus e diz: Coragem! Sou eu. Não tenham medo. Em outras palavras: “Tende bom ânimo, não temas, sou Eu mesmo!”. Jesus precisou verbalizar em alto e bom som, porque eles não estavam conseguindo ver quem era. Há momentos que não se pode ver, mas ouvir e conhecer a voz do Senhor. Um texto muito rico de acontecimentos que retrata nos dias que estamos vivendo e com eles aprender a confiar e descansar nos braços seguros do Mestre.
Notamos que Pedro se lança ao mar para ir ao seu encontro. E quando, nas águas estava começando a afundar, ele clama ao Senhor. Jesus ouviu imediatamente seu clamor no desespero de afundar nas águas do mar. A fé de Pedro foi abastecida, mesmo sendo pouca naquele momento. Deus pode usar a dor, suas lutas, suas angústias para chegar andando e caminhando por cima, ouvindo seu clamor para fortalecer sua fé. Não espere a onda, o vento cessar para clamar e confiar em Jesus. Só quando Ele estiver em nosso barco conseguiremos chegar do outro lado. Só com Jesus “chegaremos do outro lado” mesmo com dor, iremos conseguir realizar os sonhos, os alvos, a vitória, fortalecer a fé. Então: BUSQUE, CLAME, ACREDITE, CONFIE, NÃO DESISTA!
Certamente Jesus curou a dor da perda de seu primo, cuidando das pessoas em sua volta com seu amor redentor e restaurador. O poder sobrenatural de Deus nos torna testemunha desse amor para as pessoas do mundo, e que não deve ser privatizado. Fomos alcançados por pessoas que nos amaram, amando a Deus, o evangelho chegou até você por ações e obediências de pessoas de outras culturas e etnias. Uma grande verdade, não havia americanos e nem brasileiros no Pentecostes, fomos alvos do grande mandamento e por ele comissionados.
Tem pessoas em seu convívio que estão à espera de um envolvimento social, que gera um envolvimento relacional e pode resultar em ricas oportunidades de ensinar as verdades do evangelho. Spurgeon nos lembra: “Não deixe aquilo que é urgente tomar o lugar daquilo que é importante em sua vida”. Aprendamos com o Mestre Jesus que sempre estava ocupado, mas nunca apressado, em sua agenda o bem-estar do outro era seu foco de vida em qualquer situação.
Concluo com Colossenses 3.16: “A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração”.
Deus te abençoe.