Receber um convite especial é muito bom, principalmente, quando se tem familiaridade e aproximação com o convidado. A partir do convite, expectativas são geradas sobre o grande dia. Inclusive, na forma de se apresentar e o que levar ou presentear em ato de gratidão. Afinal, um convite expressa o valor que aquele que convida atribui ao convidado.
Na vida cristã isso não é diferente, pois estamos também diante de um convite especial, porém, a forma de expressar gratidão é apenas uma e requer atitude. Ela é apresentada pelo salmista na palavra adoração. A partir da adoração ocorre uma demonstração ativa sobre o que move o ato de devoção e louvor do adorador.
Observa-se no texto que há uma intenção clara do salmista em apontar as razões desta adoração, o que evidencia que este ato não é feito de qualquer maneira e nem é dirigido para qualquer pessoa. Existe reconhecimento e objetivos que precisam ser observados nesta prática.
Para que se possa atender ao convite, o salmista identifica a motivação que precisa estar presente no coração do convidado. Essa motivação pode ser evidenciada na disposição de atender a um chamado e ou convite. Afinal, estar disposto revela desejo de fazer algo com inteireza de mente e coração.
É por isso que a palavra “vinde”, neste Salmo, assume a ideia de compartilhar uma caminhada, de andar lado a lado, de estabelecer vínculos fraternos como referência de unidade e comunhão e que se expressam em práticas coletivas, as quais são verbalizadas assim: cantemos, apresentemos, adoremos, prostemos, ajoelhemos.
A partir das ações estabelecidas pelo salmista ao fazer o convite, surge a seguinte questão: qual seria a razão para efetivar tais práticas? E o que elas expressam ou dizem sobre os atos a serem realizados? É claro que a resposta se encontra no próprio Salmo. Ela é objetiva e completa, visto que não abre espaço para outras interpretações e nem explicações.
Interessante, que o salmista no versículo 1 evidencia o teor do convite, ou seja, a sua finalidade e no versículo 2, ele usa a palavra “porque”, no sentido de enunciar a razão de ser do convite e das ações decorrentes dele. Compreende-se, então, que o teor do convite está em louvar a Deus, o Senhor, porque Ele é a rocha da salvação. Ele é soberano, o grande Rei. Ele é o Criador de tudo o que veio a existência. Quanto de beleza e convicção de fé podem ser encontrados na afirmação do salmista sobre o ser de Deus.
Os atributos de Deus são anunciados neste Salmo de maneira declaratória e ainda há o reconhecimento de que a partir dele é que se tem vida. Afirma o salmista no versículo 6 que ele “nos criou” e por esse motivo ele se torna “o nosso Deus e nós o seu povo”, quando há o entendimento, o reconhecimento e aceitação desta verdade.
Mente e coração do adorador precisam estar em sintonia com a verdade de Deus. É preciso mantê-los abertos à sua voz e obedecer à sua direção. É assim que se apresenta louvores a Deus, com reverência e gratidão. No ato da adoração e do louvor há alegria, paz e compreensão sobre o mover de Deus na história.
O que é possível aprender com este Salmo? Bom, identificam-se 3 propósitos bem definidos. O primeiro, é que não se pode falar de adoração distanciada de Deus, porque ele é o centro e a razão de ser deste ato. Segundo, não há como adorar sem disposição de mente e coração. É preciso que eles estejam em sintonia com o objetivo da adoração. Terceiro, a adoração pode ser realizada em comunhão, não é apenas um ato solitário e restrito à pessoa. Adoração pode ser estendida à prática coletiva, trazendo unidade e comunhão.
Então, você aceita o chamado e se dispõe a exercer a prática da adoração comunitária?
1 Comment
Excelente observação para quem adora ou busca se aproximar (com entendimento) desse Deus maravilhoso!
Adoração coletiva (adorador e Criador) é a expressão bíblica fornecida diante de qualquer quadro diário.
Seja em qualquer circunstância, Deus será louvado!