Tem sido muito interessante escrever para a liderança eclesiástica mensalmente sobre temas que envolvem tecnologia e inovação. Você pode estar imaginando que sempre estive inserida nesta área tão moderna para onde a sociedade caminha sem retrocessos, mas não. Meu ofício se deteve mais na área administrativa, onde busquei me especializar e, claro, no ensino, meu dom natural. Então, conforme a demanda foi surgindo procurei tomar algum conhecimento nestes assuntos, até me apaixonar. Hoje, contribuo alegremente junto a empresas e igrejas no ensino híbrido, na modernização de suas missões, de modo que acompanhem a evolução sistêmica mantendo seus valores e um destes valores é a competência, que recebe destaque como forte princípio estratégico na inovação.
Competência
Não é nada fácil gerir uma igreja. Normalmente um líder possui determinada visão e trata por implementá-la usando estratégias e técnicas de seu domínio. Mas ele precisa do principal fator para dar qualquer passo: o humano. Eis aqui o marco para os próximos princípios, pois todos os que você lerá nos próximos três meses estarão ligados a pessoas. Isso mesmo! Inovação tem tudo a ver com gente! Lembre-se que máquinas só passaram a existir a partir de mentes criativas, então, o caminho da inovação é a criação. Quanto mais capacitado seu corpo técnico estiver melhor irá servir no Reino, mas não se esqueça de capacitar da forma correta. Como seria essa forma correta? Capacitar é oferecer condições de obter conhecimento, ferramentar e permitir experimentar (pôr em prática) até sentir-se seguro para executar.
A competência centrada em pessoas deveria ser o maior investimento de uma igreja. Depois disto é que vamos pensar em formulação estratégica. Importa é construir competências organizacionais e habilidades operacionais (como fazer) a respeito de sua prática (o que deve ser feito). Mas na “vida real” isso dá muita mão de obra, então, nem sempre se dá atenção merecida a estes “detalhes” e a missão da igreja que é muito nobre, que nem a nós pertence, passa a ser realizada de qualquer maneira. Esta forma desleixada de se fazer algo deveria ser extinta da vida do cristão, pois isso não tem nenhuma ligação com o significado deste nome, pois Cristo fez tudo com máximo capricho, dedicação e de modo exemplar. Em toda a Sua simplicidade Ele acreditou e investiu em pessoas. Exerceu a paciência para que cada discípulo aprendesse no seu tempo, à sua maneira. Deu poder e autoridade a todos eles para realizar muito mais maravilhas. Opa! Esta última oração pode ser lida novamente para reforçar, pois o que mais temos visto no meio do arraial são líderes inseguros, com medo de dar poder, liberdade e autoridade às pessoas que servem à igreja de Jesus, nosso Senhor.
Quando as competências humanas, em processos e no conhecimento organizacional são coesas, refletem numa profunda compreensão da missão. Seus colaboradores sentem-se envolvidos, sentem-se parte da causa de ali estarem e, por causa disto, resultados muito superiores aparecem.
É tempo de nos questionarmos se nossa liderança tem inovado no sentido de garantir que seus principais colaboradores sejam plenamente capacitados de executarem a missão para a qual foram designados (por Deus).
Também vale uma autoanálise sobre o nosso ego. Convidemos a Jesus para ser Senhor sobre o ego e não nos mantermos escravos de nossa natureza.
“Aquele que desceu é o mesmo que também subiu muito acima de todos os céus, para preencher todas as coisas. E ele designou uns como apóstolos, outros como profetas, outros como evangelistas, e ainda outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério e para a edificação do corpo de Cristo;” Efésios 4.10-12.
Que Deus, com grande graça, nos abençoe.