Falar em integração e comunhão no momento em que estamos vivendo é muito importante. Nós, educadores, líderes e pastores nunca precisamos tanto promover a comunhão como nesse tempo. Já foi comprovado cientificamente que as pessoas são mais felizes quando estão convivendo de forma sadia com outras pessoas. Mas como exercer a comunhão e experimentar dela à distância? Como incentivar as pessoas a participar de algum evento sem estarem juntas? Como incluir o novo convertido à dinâmica da igreja?
Mais de um ano de distanciamento social já trouxe sequelas para muitas pessoas. As doenças psicossomáticas aumentaram. A solidão tem assolado muitos de nós. O cenário não é convidativo, mas é desafiador. Então, educador, vamos à luta! Nosso trabalho continua e agora, ainda mais amplo. A comunhão e integração na igreja é muito mais que um método. É um estilo de vida. Precisamos ganhar as pessoas para nós primeiro, e depois ganhar para Jesus. Isso nos leva diretamente a uma importante questão: Relacionamento.
Para pensar…
Promover estratégias e um cenário propício onde os cristãos poderão desenvolver um relacionamento discipulador com outras pessoas sendo ponte entre elas e o evangelho é um dos nossos maiores desafios. Independentemente da realidade de nossas comunidades de fé e suas estruturas, o ensino precisa ser exercido em todas as esferas da igreja local. A forma com que isso vai acontecer é que depende de cada comunidade.
Mãos à obra!
Para uma igreja onde há um educador cristão, líderes capacitados e recursos tecnológicos à disposição, pode-se desenvolver de muitas formas esses ambientes. Como já sugerimos em outros artigos em nosso blog, o uso de aplicativos de reuniões, jogos e questionários é uma excelente opção. Para as igrejas que ainda não estão completamente adaptadas a essa nova forma de ensino, ainda é necessário que haja uma logística maior: fazer chegar até as pessoas de forma física os materiais que serão produzidos e usados nesse relacionamento discipulador. Precisamos trabalhar pensando no cuidado e capacitação. O distanciamento social não é isolamento emocional. Sendo assim, precisamos estabelecer linhas de relacionamento, caminhos que nos possibilitarão estar perto do outro mesmo que não fisicamente, mas usando as ferramentas que tivermos para isso.
Alguns aspectos importantes nesse caminho
ORAÇÃO
Estar conectado com Deus é essencial para a execução de qualquer tarefa. A oração precisa fazer parte de forma integral da vida do educador/discipulador. Ter um relacionamento com Deus é viver conhecendo Deus. E isso também não é um método e nem um programa, é investir tempo em um relacionamento intenso de entrega e obediência. Se comprometer a orar pelo outro e orar, é trazer o seu próximo para perto de você e de Deus. Por meio desse relacionamento, Deus se revela e nos inclui no que Ele está fazendo. Queira estar sempre onde Deus está agindo!
SABER OUVIR
Saber ouvir é uma arte. Não é simplesmente escutar passivamente, mas envolver-se ativamente no diálogo. Mostrar interesse no que está ouvindo, deixar o outro falar, mostrar que se interessa pelo que está ouvindo, não atender ligações ou mensagens no momento do diálogo e, depois de tudo, ter uma palavra de encorajamento faz parte disso.
ENCORAJAMENTO
Começar uma conversa enaltecendo algum aspecto positivo do outro é um bom começo. Estamos lidando com pessoas feridas, inseguras, com medo e até desanimadas. Prestar atenção aos pequenos detalhes e em qualquer razão para um elogio faz diferença. Ações positivas e que honram a Deus precisam ser reafirmadas.
Lembro que, no Seminário, vez por outra eu fazia uns bilhetes de encorajamento e distribuía nas cadeiras antes de meus colegas de turma chegarem. Tenho muitos testemunhos em minha memória do que significou para alguns aqueles bilhetes.
Jesus encorajava as pessoas em seu ministério. Sejamos como o mestre.
CONCLUSÃO
Precisamos nos preparar espiritual e intelectualmente para que sejamos bênçãos na vida do outro. Isso significa que precisamos nos capacitar e promover a capacitação do outro para que estejamos aptos a promover o ensino, a integração e a comunhão nesse novo momento. Momento em que, mesmo isolados, estejamos perto dos corações.