Eu venho já há um tempo conversando com a equipe que trabalha comigo no ministério Geração 21 da PIB de Nilópolis sobre o avanço do crescimento que o ministério com crianças tem seguido. Não é um crescimento apenas em quantidade, mas um crescimento que tem exigido o chamado, a unção de Deus e muito estudo. Um preparo com qualidade e funcionalidade em um campo de estudo muito amplo, porém necessário.
Hoje no ministério com crianças precisamos entender a criança como um todo, a criança no seu contexto social, no seu desenvolvimento físico, emocional e espiritual. Entendo que todo esse desenvolvimento faz parte de um conjunto e que todos esses elementos trabalhando juntos, darão um resultado surpreendente.
Quando recebemos uma criança, com ela vem sua família com todos os costumes, valores e estilo de vida.
Conhecer a criança no todo, nos ajuda a entendê-la por completo, caminhar com ela ajudando nas dificuldades e incentivando tudo aquilo que ela tem de bom. Com isso, desde pequenos já conseguimos identificar alguns dons que podem ser trabalhados e usados para o reino e para o próprio desenvolvimento como pessoa. Uma fase linda também para a criança descobrir a identidade de Cristo em sua vida.
Já recebemos vários pais que chegaram até nós falando: “foi meu filho quem escolheu essa igreja, viemos para essa igreja porque aqui tem um ministério com crianças eficaz e quero que ele cresça com esse ensino”. Vários outros depoimentos que nos levam a buscar mais e mais a entender essa geração.
É a igreja acompanhando a família, que é a maior responsável a levar a criança a ter suas próprias experiências com Cristo. E é na família que existe esse ambiente mais propício para esse desenvolvimento, com as conversas à mesa, cultos familiares, orações, conversas que falem do que Deus tem feito naquela família, conversar sobre quem é Deus e como é Deus na vida de cada um.
Agora temos também a geração pós pandemia e pandemia, que vem cheia de desafios para nós.
Estudos recentes nos mostram o comportamento que essa geração tem apresentado: além de todas as dificuldades que já tínhamos para estar caminhando com eles, agora eles têm se apresentado com uma habilidade de comunicação e entendimento limitado, comportamento desafiador, irritabilidade, piora atencional e regressão no desenvolvimento.
Como resultado, esse estudo, mostra que podemos ajudar a nova geração investindo tempo, conversando, tendo mais contato com a família, amigos, e deixando a criança menos tempo no celular.
Ver a criança não só como indivíduo, mas como um todo na sua família e no meio em que ela está inserida, no seu contexto sociocultural, faz com que ela se sinta participante no reino de Deus.
Cada vez mais tem havido um crescimento, um olhar para o mundo infantil em todos os âmbitos: social, educacional, moda, político e religioso. Nós como igreja, líderes, discipuladores, educadores e evangelistas de crianças, temos que estar atentos e preparados para sermos facilitadores para que essas crianças recebam e conheçam o amor de Deus. Só através desse conhecimento elas terão a sua própria fé, a sua própria experiência com Cristo, fazendo que com que essas crianças se sintam completas, participantes no reino de Deus.
Como discípulos de Jesus, a nossa missão é fazer com que todas as pessoas, isso inclui as crianças, adolescentes, jovens e adultos, ouçam, conheçam e recebam e experimentem o amor de Cristo.
O Reino vai além de converter pessoas a Cristo. As boas novas capacitam os crentes a terem uma forma de vida positiva e transformadora na cultura que Deus nos colocou.
O objetivo do evangelho é redimir todo o universo, que mais e mais pessoas possam usufruir da graça de Deus, mais e mais pessoas entrando para o Reino de Deus, obedecendo a vontade do Pai.
“Jesus, porém, disse: Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais, porque o reino do céu é dos que são como elas” Mt 19.14.
Que possamos ser instrumentos para que a missão de Jesus, que o seu amor por toda a humanidade se revele de forma precisa e salvadora!