Este é o terceiro artigo da série sobre Culto Infantil. No primeiro, falamos sobre o que é o Culto Infantil e seus objetivos, e no segundo artigo ampliamos nossa visão sobre a ênfase didática da liturgia.
A fundamentação teológica do culto e compreensão dos objetivos e da liturgia em si, são base para uma prática coerente. No entanto, além deste conhecimento, alguns fatores precisam ser levados em consideração para desenvolvermos o Culto infantil de forma eficaz.
– EQUIPE:
Precisamos de uma EQUIPE capacitada, comprometida e que compreenda a real importância do Culto Infantil. Para isso, as pessoas precisam ser formadas e preparadas para a condução do culto. Isso exige acompanhamento regular, reuniões de alinhamento e sempre que possível, encontros para mentoria. As reuniões de avaliação são necessárias para que seja feita uma análise do trabalho desenvolvido. Qualidade de material, estrutura e outros fatores, serão mais bem analisados pela equipe que está lidando diretamente com a criança. É preciso investir numa boa comunicação entre os cooperadores, gerando e fortalecendo a harmonia no serviço, além de facilidade na administração de escalas e compartilhamento de materiais. A este respeito, é essencial que os materiais orientativos sejam disponibilizados com antecedência para que a equipe tenha tempo hábil no estudo e preparo. Como um dos objetivos é envolver a criança no serviço, a equipe também é responsável por incluí-las em momentos da liturgia.
Sempre bom lembrar:
– Para a equipe, o culto começa antes do momento coletivo! O cultivo à adoração precisa ser vivenciado em cada um, então, o preparo espiritual não deve ser negligenciado. Consagre ao Senhor a sua vida, interceda pelos outros colaboradores e ore também pelas crianças que estarão presentes.
– Salvo em casos de imprevisto, quando não puder comparecer, o colaborador deve avisar com antecedência. Estar atento às escalas fará grande diferença.
– Pontualidade revela traços de quem somos. Chegar atrasado é deselegante e pode transmitir uma imagem desfavorável a nosso respeito. O ideal é que a equipe possa chegar pelo menos 20 minutos antes, para orar e preparar o ambiente para recepcionar as crianças.
– Ludicidade no Culto Infantil, é diferente de infantilizar o Culto. A Palavra não muda, o Evangelho não muda. Nossa responsabilidade é tão somente comunicar de forma eficaz, quem convence é o Espírito Santo. Somos os “mensageiros” e isso implica que independente do recurso utilizado, o destaque deve ser sempre o Senhor e Sua Palavra.
– No momento litúrgico, a equipe é responsável por supervisionar as crianças. Esta questão relaciona-se com a orientação quanto à reverência, sendo ensinado que a nossa conduta está diretamente associada à adoração.
– A criança está atenta a TUDO a sua volta, e a equipe não deve se esquecer disso. A postura de cada colaborador também faz parte do ensino.
– A equipe precisa zelar pela autoridade que possui.
– ESPAÇO FÍSICO:
Quando nos referimos ao Culto, o espaço físico também faz parte. Este deve comportar adequadamente a quantidade de pessoas presentes e oferecer segurança necessária. Cuidado com portas, janelas, escadas ou qualquer outro elemento que possa oferecer algum risco. O acesso a banheiros e bebedouros deve ser supervisionado e outro quesito importante é a adequação à faixa etária participante. Estar atento à disposição dos assentos também é relevante, de forma que nenhuma criança fique ao “fundo” ou “só”.
– RECURSOS:
A estrutura, escolha e utilização de recursos estarão diretamente ligadas à estrutura da igreja. Com base no perfil do público-alvo, quantidade de crianças participantes, quantidade de colaboradores, temos três perguntas norteadoras:
– O que se torna necessário em sua realidade?
– O que já se tem e pode ser utilizado?
– Como se pode adquirir o que ainda precisa?
Com uma equipe bem preparada, espaço físico adequado e recursos necessários, podemos potencializar o Culto Infantil! Que tal iniciar esta jornada?