Precisa melhorar sua performance pessoal, profissional, ministerial ou em outras áreas?
Conhece bem suas competências emocionais, profissionais e tecnologias?
Que tal começar a refletir um pouco sobre essas competências, iniciando pelas emocionais?
Para compreender melhor sobre as principais competências emocionais, é necessário entender o conceito de competência.
No segmento educacional, segundo Perrenoud (1999, p. 07), competência é “uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”. O autor fundamentou esse conceito considerando a psicologia cognitiva de educadores como Jean Piaget, aplicável para solucionar uma série de situações atreladas às pessoas que estão no contexto da sala de aula no processo de ensino-aprendizagem.
Na gestão organizacional, de acordo com McClelland, (1973) a competência está relacionada à excelência no desempenho das tarefas ou situações vivenciadas. Nesse contexto, é muito utilizada a Teoria do CHA, que se baseia em três pilares. Sua aplicação pode contribuir na consecução dos objetivos da vida pessoal, profissional, ministerial etc.
- Conhecimento: atrelado ao saber teórico. Importante nesse pilar a busca de informações necessárias no alcance dos objetivos traçados. A extensão e profundidade do arcabouço teórico favorecerão a concretização dos objetivos, quando colocados em prática;
- Habilidades: está relacionado ao saber como fazer. Não basta ter o conhecimento é necessário saber executar, praticar. Quando necessário, pode-se recorrer ao treinamento das diversas fazes da execução, a fim de fazer bem o que lhe foi proposto;
- Atitudes: associado ao querer fazer. Além de ter o conhecimento e habilidades necessárias ao exercício dos seus propósitos, planos e atividades, é imprescindível ter a disposição de colocá-los em prática. Ações comportamentais, que sejam capazes de promover mudanças, além de manter o foco e demonstrar resiliência para superar as dificuldades.
Esse terceiro pilar tem sido muito requerido no meio empresarial, pois se entende ser mais fácil preparar seus colaboradores quanto ao conhecimento e habilidades, quando o querer fazer for bem latente. Esse tem sido um diferencial relevante da pessoa.
Considerando a importância das competências no desempenho das atividades das pessoas, entendemos que elas precisam ser trabalhadas rotineiramente. Observe-se que o conhecimento e habilidades são mais técnicos, daí a necessidade de classificar as competências emocionais, profissionais e tecnologias, entre outras.
Neste artigo, serão abordadas algumas das competências emocionais, tão importantes na formação intelectual da pessoa como nos relacionamentos intra e interpessoais.
- APRENDIZAGEM – Essa competência está inter-relacionada com a capacidade de aprender e renovar os conhecimentos, habilidades e atitudes durante todas as fases do cotidiano da vida pessoal, profissional e ministerial. “E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens” (Lucas 2.52).
- RESILIÊNCIA – Nos tempos atuais, essa competência tem sido muito relevante e apreciada nas pessoas. Ser resiliente é desenvolver a capacidade de resistir às situações complexas e desafiadoras, mantendo-se emocionalmente equilibrada no exercício de suas tarefas, obtendo o êxito desejado. As situações inesperadas podem se tornar o momento do treino dessa competência. “ Eu vos tenho dito essas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulações; mas não vos desanimeis! Eu venci o mundo”. (João 16.33)
- AUTONOMIA – Essa competência é muito observada na gestão de pessoas. É importante que cada pessoa seja capaz de solucionar os problemas inerentes às situações vivenciadas nas diversas áreas da vida, tomando as decisões necessárias, adaptando-se às diversas circunstâncias. O que se espera de uma criança é que ela consiga andar com suas próprias pernas, respeitando o seu tempo, mas lhe oferecendo os estímulos necessários a essa ação. Essa autonomia precisa ser perseguida nos demais ciclos e áreas da vida. “Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança; mas, assim que cheguei à idade adulta, acabei com as coisas de criança”. (1Coríntios 13.11)
- EMPATIA – Nas relações interpessoais essa competência precisa ser desenvolvida. O empático é capaz de se colocar no lugar do outro analisando e compreendendo a vivência emocional dele, reagindo com uma atitude altruísta, buscando oferecer ajuda, quando necessário. Acolher e respeitar o outro ajuda a desenvolver essa competência. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Mateus 22.39b)
As competências não são estáticas, precisam ser desenvolvidas no dia a dia, observando as emocionais que favorecem a aplicação da teoria do CHA – Conhecimento, Habilidade e Atitude. Qual delas você foi desafiado a explorar e vivenciar mais na sua vida?
REFERÊNCIAS
BIBLIA SAGRADA.
McCLELLAND, David C. Testing for Competence rather than Intelligence. American Psychologist, p. 1-14, jan. 1973.
PERRENOUD, Philippe. MAGNE, B. C. Construir: as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.