Deus na sua soberania plena, ao criar o ser humano deu lhe a incumbência de colocar nomes em todas as coisas que havia criado e administrar todos os elementos contidos em seu jardim. Percebe-se que esse exercício do primeiro casal exigia a necessidade de educar, porque a educação é algo intrínseco ao ser humano.
Pode ser exemplificado no próprio contexto em que o apóstolo Paulo no livro de Tito 2.12 disse: “[…] ensinando-nos para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa,[…]”. Paulo nos mostra que o processo de lapidação, de melhoramento do ser humano se dá uma vez que ele abandona as coisas próprias do homem carnal, coisas que de alguma forma impedem o crescimento exponencial e adquire as virtudes que o leva a ser alguém com as características de uma pessoa piedosa, sensata e justa. Isso acontece como algo resultante do processo de educar-se.
O educar-se é algo que acontece desde a criação do ser humano e acontecerá até o momento em que fecharmos os nossos olhos. Ou seja, até o final da existência humana. Por isso que a educação cristã é uma valiosíssima ferramenta para a formação integral do ser humano. Ela adentra no desenvolvimento de todas as áreas da vida da pessoa incluindo os aspectos físicos, emocionais, intelectuais, sociais e espirituais.
Temos que ver o ser humano como um ser inacabado, e que está em processo de mudança e transformação. Este desenvolvimento pode ser denominado teologicamente como “santificação”. É resultado da ação do Espírito Santo e do esmero estudo das Sagradas Escrituras.
Morin (2005, p. 65), na obra “A cabeça bem-feita”, ao tratar da aprendizagem cidadã, ensina que a “educação deve contribuir para a autoformação da pessoa, ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver e ensinar como se tornar um cidadão”. A educação cristã é uma ferramenta para nós nos desenvolvermos. Devemos nos apoderar dela para um crescimento exponencial em se tratando da vida cristã. O próprio apóstolo Paulo expressou em Filipenses 2.15:“[…] para que vos torneis filhos de Deus irrepreensíveis, sinceros e íntegros no meio de uma geração corrupta e perversa, na qual resplandeceis como luminares no mundo,[…]”.
A educação cristã transforma e lapida o nosso caráter, nossos hábitos e nossa forma de ser. A educação cristã abrange o ser humano como um todo, conduzindo-o a maturidade e a uma vida voltada para o que é essencial. A educação deve cumprir o seu papel no processo de conscientização. Ela deve ser conscientizadora, na medida em que além de conhecer a realidade, busca transformá-la.
O Apostolo Paulo, na carta aos Efésios 4.13 (ARA), expressou: “[…] até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, […]”. A expressão “até que cheguemos” refere-se ao trabalho muitas vezes árduo, de educadores, no sentido de prosseguir ensinando até que os alvos das Sagradas Escrituras sejam alcançados. Ou seja, ao pleno conhecimento da plenitude de Cristo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo NVI. Nova Versão Internacional. São Paulo, SP: Editora Vida, 2006.
BOAVENTURA, E. M. Tempo de educar: pronunciamentos sobre educação e cultura. Salvador: Secretaria de Estado da Educação e Cultura, 1987.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.