Este assunto foi amplamente abordado no último simpósio da AECBB. Se você não participou, não fique triste, pois agora vamos trazer uma série de artigos sobre este tema super atual e importante para a gestão educacional da igreja. Fique de olho e acompanhe o blog.
Todo Educador Cristão procura criar meios cada vez mais eficientes de ensinar, para isso, desenvolve programas e processos com o objetivo de alcançar o maior número de pessoas para Cristo e envolvê-las em um discipulado assertivo e transformador. Quando observamos que o programa educacional da igreja já não envolve mais as pessoas, que há um crescente desinteresse no estudo da Bíblia e aumento na evasão, sabemos que precisamos buscar novos caminhos e soluções. Conhecer um pouco mais sobre Cultura de Inovação, pode fazer toda a diferença neste momento.
Mas, afinal de contas, o que é cultura de inovação?
Antes de definir o que é cultura de inovação, precisamos saber que toda organização possui uma cultura que é formada por um sistema de valores que a diferencia das demais. Este sistema de valores é compartilhado pelos seus membros e por isso é capaz de identificar aquela organização (Robbins, 2012). As organizações religiosas não são diferentes, elas também direcionam suas ações e decisões de acordo com os valores que abraçam. O Educador habilidoso irá buscar conhecer a cultura específica da organização em que está servindo antes de desenvolver qualquer tipo de ação educacional.
E inovação, o que é? Para muitas pessoas, inovação é um conceito relacionado a produtos e serviços ligados à tecnologia. Para outras pessoas, inovação é sinônimo de novidade, tendência, inventar ou fazer coisas de um jeito diferente. Porém, vamos aprender nesta série de postagens que a inovação vai muito além disso.
Unindo a percepção de cultura como sendo o sistema de valores e crenças que define uma organização e a inovação como a capacidade, força e motivação para executar as mudanças necessárias, podemos definir Cultura de inovação, dentro do contexto da Educação Cristã, como os hábitos, valores e comportamentos contínuos que promovem a criatividade e apoiam a geração de ideias, buscando aprimorar o ensino da Palavra de Deus, ampliar o seu alcance, valorizar a equipe e otimizar os recursos.
Tudo aquilo que promove o processo coletivo de geração e implementação de novas ideias numa organização e que a leva para mais perto dos seus objetivos pode ser considerado como cultura de inovação.
Você sabia que há dois tipos de inovação?
Quando você otimiza processos, reduz o tempo de realização de uma atividade, diminui custos, dinamiza uma organização, reestrutura uma equipe você está fazendo uma inovação incremental. Neste caso não há uma mudança na estrutura, apenas uma melhora na sua funcionalidade.
Quando os processos ou estruturas são radicalmente transformados, estamos falando de inovação disruptiva. Neste caso há um rompimento ou substituição de um modelo anterior para um novo modelo que o substitui. Um exemplo claro disso é o próprio cristianismo que foi uma disrupção no judaísmo. Inovações disruptivas precisam ser muito bem planejadas e ter os riscos avaliados antes de sua implementação.
Qual é melhor? Depende da necessidade e da realidade. Em alguns momentos, fazer alguns ajustes, dinamizar e mobilizar a equipe são ações suficientes para ampliar o alcance do programa educacional. Em outros momentos, pode ser necessário mudar radicalmente as estratégias para que o programa educacional sobreviva. O que importa é como o processo de inovação foi construído.
Inovar não é, necessariamente, criar algo revolucionário. O importante é que a mudança seja Útil, Prática e Desejada (mesmo que as pessoas não tenham consciência disso). É no equilíbrio e na intersecção destes três aspectos que aparecem as ideias realmente inovadoras. A falta de qualquer um destes aspectos põe a mudança no risco de cair no vazio ou de tornar-se uma fonte de desperdício de esforços e recursos.
Acompanhe as próximas postagens sobre este tema e aprenda de onde vêm as ideias inovadoras e quais são os benefícios de cultivar uma cultura de inovação no ministério. Até mais!
REFERÊNCIA:
ROBBINS, Stephen P.; SOBRAL, Filipe. Comportamento organizacional. 14. ed. São Paulo: Prentice-Halll, 2012.