Nos últimos artigos falei sobre a transformação digital e o impacto que ela pode gerar na Educação Cristã. Desta vez, eu gostaria de compartilhar um pouco sobre a minha experiência e como as reflexões que venho apresentando no blog surgiram para mim.
Para aqueles que ainda não me conhecem, eu sou a Klary (Klariene Andrielly), filha do Pastor Anselmo Nicolau dos Santos, da Igreja Batista da Vila Zatt, em São Paulo – SP. Profissionalmente, trabalho em uma grande empresa de educação com muitas marcas conhecidas no mercado. Nessa empresa, eu tenho tido muitas oportunidades, pois trabalhei acompanhando gravações de aulas em estúdios, passei a atuar em uma área administrativa de elaboração de cursos, e aos poucos comecei a participar de conversas mais estratégicas para o negócio.
Como cristã, serva de Jesus Cristo, sei que não devemos desvincular a vida “secular” do real propósito em nossa vida – exaltar e glorificar a Deus. Assim, refletindo muito sobre o motivo do Senhor ter permitido que eu trabalhasse nesta empresa e aprendesse tanta coisa que parecia tão distante da minha realidade na igreja, foi que decidi dar um primeiro passo para me colocar à disposição do Senhor com as habilidades que eu estava desenvolvendo.
Lembro-me da minha primeira conversa com a liderança da igreja, tentando explicar o conceito de transformação digital. A sensação era que eu estava falando grego, mas os meus irmãos foram muito amorosos e ainda me deram outras oportunidades para tentar expressar minhas preocupações com o contexto digital que estávamos vivendo (Querido leitor, acredite… Esses encontros ocorreram antes da pandemia, e sequer imaginávamos o que estava por vir).
A angústia que crescia em mim, despertou o desejo de dialogar com outras lideranças da denominação. Comecei a insistir para que os meus pais me acompanhassem na Assembleia da Convenção Batista que ocorreu em Goiânia, e meu pai, como pastor e educador, aos poucos me introduziu nesse universo maravilhoso da Educação Cristã.
Foi dessa maneira que conheci a AECBB, e como resultado dos nossos encontros, eu tive a oportunidade de apresentar algumas ideias sobre transformação digital e educação. Inicialmente as ideias eram um pouco confusas e sem uma proposta clara, entretanto, aos poucos, essas ideias começaram a alertar algumas igrejas por todo o Brasil, sobretudo no período pandêmico em que nos deparamos com a necessidade de fechar nossos templos.
Eu sinto em dizer, meus queridos, que mesmo diante de todos os desafios que já tivemos que enfrentar, e com todos os aprendizados que precisamos buscar, ainda não há propriamente uma receita ou modelo que possa ser aplicado em todas as igrejas e ministérios. Na igreja que tenho mais atuação, por exemplo, posso afirmar que ainda não desenvolvemos um mindset digital em todas as nossas atividades.
No final, a lição que tenho aprendido, principalmente nas últimas semanas, é que a obra não é minha ou mesmo do meu pastor e dos irmãos. A obra é do nosso Deus, e se assim permitirmos e nos colocarmos à disposição, Ele pode nos usar como ferramentas para que o nome de Jesus seja proclamado e que a salvação por meio do seu sacrifício na cruz alcance esta e as próximas gerações.