Para uma melhor compreensão do nosso tema faz-se necessário entender o significado da expressão “inclusiva”. É muito usada para indicar inserção, como por exemplo:
- Inclusão dos portadores de necessidades especiais;
- Inclusão social – inserção de pessoas à margem da sociedade;
- Inclusão digital – democratização do acesso às tecnologias da informação.
A Educação Cristã tem conseguido contemplar seu público-alvo nas suas propostas educacionais?
A abordagem desse tema visa desafiar o Educador Cristão a ter um olhar mais sensível para seus liderados, afim de que todos sejam incluídos no processo construtivo da sua formação de educação cristã. É importante envolvê-los, indistintamente, nas suas ações gerenciais, buscando desenvolver o potencial de cada um deles, independente dos seus aspectos físicos, sociais e espirituais.
É comum observar atuações gerenciais que contemplam apenas uma equipe seleta de liderados. O Educador Cristão precisa alargar suas fronteiras, buscando inserir todos nas suas diversas áreas de atuação, atentando para suas aptidões e cargos que exercem em seus ministérios. Cada um precisa se sentir integrado e participativo.
O ato de participar nunca é feito sozinho, não é um ato isolado de alguém que não tem companhia, mas algo que se faz com os outros (Gallo, 2003). Em uma gestão participativa, o líder é desafiado a engajar todos os liderados nos objetivos organizacionais.
O Educador Cristão, por sua vez, busca o envolvimento dos liderados nos objetivos educacionais da Igreja, usufruindo assim de algumas vantagens:
- Maior comprometimento dos liderados – primeiro como integrante da grande comissão, conforme descrito em Mateus (28.19-20): “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. Depois, com seus líderes, possibilitando ao Educador Cristão cumprir seus objetivos estratégicos e, respectivamente, os planos de ação preestabelecidos;
- Espaços abertos para a conversação favorecem a interatividade – a influência mútua estimula uns aos outros (líder x liderados e liderados x liderados), fortalecendo a cooperação e colaboração;
- Visão amplificada – quando os liderados usufruem de uma gestão participativa, se sentem à vontade para expressar suas idéias e contribuições para o exercício do Ministério de Educação Cristã da Igreja. Se muitos contribuem, os resultados serão mais significativos, favorecendo o alargar das fronteiras e engrandecimento do Reino de Deus.
Que paradigmas sejam quebrados, para que o Educador Cristão consiga atuar com uma visão inclusiva, envidando esforços para a formação integral e contínua de cada liderado, vendo-o como um ser único, que precisa ter as suas necessidades físicas, emocionais e espirituais fortalecidas, tendo a Educação Cristã como uma aliada indispensável.
REFERÊNCIAS
BIBLIA SAGRADA on line: https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/28
GALLO, S. Ética e cidadania – caminhos da filosofia: elementos para o ensino de filosofia. 11. ed. São Paulo: Papirus, 2003.