Quando a igreja ou organização cristã decide unir pessoas para a elaboração de um currículo, muitas expectativas começam a surgir. Pessoas com pensamentos e experiências diferentes podem trazer diversas contribuições, entretanto, muitas vezes, alinhar vontades, personalidades, ímpetos e egos não é tarefa fácil. Fazer uma construção coletiva, ajustando todas as possibilidades de forma madura e assertiva é um grande desafio para o Educador Cristão.
As expectativas curriculares desabrocham da nutrição de corações em franco amadurecimento, ensináveis, dispostos e prontos para o serviço. Corações esforçados a fazer acontecer e dar certo, corações submissos a Cristo e à Sua vontade. Como ajustar as expectativas curriculares diante de tantas possibilidades?
- Uma proposição de expectativas para aprendizagem centrada na Palavra de Deus – A Bíblia tem tudo o que precisamos para elaborarmos um currículo cristocêntrico, bibliocêntrico e contextualizado. Quanto mais nos aproximamos da Palavra de Deus, mais felizes seremos na realização dos propósitos Dele para nós.
- Um programa de orientação curricular do ensino nas faixas etárias – Olhar para cada faixa etária em suas especificidades e convergências, demanda pesquisa, reflexão e coragem. A igreja é do avô, do pai, do filho e do neto. Um programa curricular que esteja atento a isso, já está à frente em suas competências.
- Um cronograma com espaço para reflexão e discussão sobre o que a igreja precisa aprender – A Educação Cristã precisa ser contínua, renovável, flexível, sensível, firme na Palavra e nas avaliações periódicas. Por isso é necessário um espaço para a equipe ou conselho educacional refletir sobre o que a igreja precisa num determinado momento ou mesmo num planejamento ostensivo.
- Uma preocupação com cada uma das áreas e ministérios, a fim de que se integrem, cresçam e cumpram o propósito da edificação – Não se enganem: a tendência de nos tornarmos fechados e imersos em nossos arraiais podem nos afastar de um olhar mais apurado ao que está acontecendo a nossa volta, aos clamores e demandas da sociedade e do mundo. Crianças, adolescentes, jovens e todas as demais faixas etárias precisam estar cheios do conhecimento de Deus para serem sal e luz.
- Um olhar organizado por líderes de diferentes áreas de conhecimento, que se fortaleçam e complementem na forma de pensar, planejar, executar e avaliar – A diversidade dos dons e talentos é bem-vinda para que sejamos relevantes nos nossos dias. Ouvir pessoas de diferentes áreas de conhecimento num processo de criação coletiva, oxigena e promove um currículo vivo, desperta o interesse e engajamento.
- Um grupo comprometido a documentar e reformular caso seja necessário – A convivência nutrida ao longo do tempo, a tolerância vivida e a comunicação aprimorada farão uma sensível diferença no grupo. Currículos que são construídos a partir de uma base e estrutura coletivas, são inclusivos, e as chances de atingirem os objetivos propostos são muito maiores.
As expectativas curriculares nunca deixarão de ser um grande desafio para a Educação Cristã. A boa notícia é que temos um Deus que está interessado em ser conhecido do seu povo, e que nos abastece de sonhos, provisão de alimento sólido em Sua palavra e de amor pelos que Ele ama e quer edificar. Somos barro em suas mãos e canal desse amor. Ele age, e nada pode impedir. Ele é fonte inesgotável de sabedoria e galardoador dos que o buscam. Busquemos ao Senhor e vamos achá-lo, pois Ele está perto!