Da cultura do nosso povo retiramos ditados populares que facilitam a compreensão das ideias que aqui queremos apresentar. Estamos buscando identificação com as pessoas, suas necessidades e valores para aproximá-las dos valores do reino e auxiliá-las a entender o conceito de maturidade. O ponto aqui é a formação contínua da liderança dos ministérios em nossa igreja. Ela não se faz de maneira apressada, mas requer investimento e planejamento. A base bíblica é a de Efésios 4. 11-16. Continuemos a considerar algumas temáticas bíblicas que podem direcionar um programa de formação continuada na igreja:
- “A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO!”
“Então, não seremos mais como crianças, arrastadas pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas” (4.14) Um organismo vivo precisa de nutrientes, energia e objetivo de vida para existir em plenitude, da mesma maneira o corpo de Cristo. Assim como não nascemos prontos nem adultos, nascemos criança, temos, como novas criaturas em Cristo, o dever de crescer e amadurecer. Porém, um líder maduro leva um certo tempo para surgir. Não tenha pressa em elevar alguém a um posto ao qual ainda não está preparado. Temos que dar um tempo para que as experiências da vida associadas ao estudo e à prática da Palavra forjem o nascimento de um líder abençoador. Nossa parte é alimentar, energizar e convidar à prática. Cabe ao discípulo aceitar. Proponho um quarto tema: FÉ E CONHECIMENTO DE DEUS. - “NEM TANTO AO MAR, NEM TANTO À TERRA”
“Falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo, até alcançarmos a altura espiritual de Cristo…” (4.15) Ser como Cristo e atingir seu padrão espiritual é, sobretudo, encontrar o equilíbrio na relação com as pessoas – falar a verdade, mas falar com amor. Lembra de Jesus falando com Pedro na praia? Falar a verdade sem amor é crueldade e ser amável sem falar a verdade é hipocrisia. Num período em que estamos continuamente estressados, apressados, angustiados, desejamos que tudo saia do jeito que planejamos, pois a meta do mundo atual aponta para produtividade. Mas as pessoas não são máquinas, nem robôs que programados fazem tudo certinho. Acompanhar as falhas de um irmão é também discipular e encaminhá-lo para uma liderança espiritual abençoadora – Proponho um último tema: ACONSELHAMENTO CRISTÃO.
A metáfora da fábrica é para nos fazer pensar na quantidade e variedade de dons que o Espírito pode produzir no seio da igreja, não que seja linha de montagem. Somos diferentes e o Espírito capacita conforme Ele quer:
“Ora há diferentes espécies de dons espirituais, mas é do mesmo Espírito Santo que procedem. Há várias espécies de serviço para Deus, mas é ao mesmo Senhor que estamos a servir. Há muitas formas de Deus trabalhar nas nossas vidas, mas é sempre o mesmo Deus quem faz o trabalho em nós. O Espírito Santo manifesta-se por intermédio de cada um de nós, para o que for útil à igreja… E é sempre o mesmo e único Espírito Santo que dá todos estes dons, decidindo aquilo que deve ser atribuído a cada um.” (1Coríntios 12.4-7,11).
Que no ambiente da “fábrica”, agraciados por Deus, essas ideias nos estimulem a trabalhar arduamente para que surjam novos líderes em nossa igreja e que esses sejam treinados para serem um exemplo na Palavra, na fé e na ação.
REFERÊNCIA:
Bíblia de Estudo – NTLH. São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.
Bíblia – versão O LIVRO