É um desafio constante repensar a Escola Bíblica Dominical, pois em todas as épocas ela “enfrentou e superou obstáculos que colocavam em xeque sua permanência, e não é diferente em nossos dias. Por exemplo: a baixa freqüência de alunos, a inexistência de planejamento, a ausência de salas e materiais pedagógicos, a falta de capacitação de professores para que atendam às necessidades dos alunos, o currículo descontextualizado e, principalmente, a falta de conscientização dos crentes para a importância do estudo da Palavra de Deus” (1).
No interesse de procurar soluções para os problemas acima descritos, é que tenho conduzido minha equipe de professores da EBD a refletir criticamente sobre nossas forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, através da ferramenta de gestão SWOT. Está sendo muito importante nos reunirmos com esse olhar mais apurado para fazermos aquilo que Deus NÃO vai fazer por nós – um plano de ação. (Prov. 15.22 e 19:21).
Prosseguimos trabalhando a Matriz do Desenvolvimento para descobrir as oportunidades que não estão sendo aproveitadas, a Matriz de Restrições para descobrir as fraquezas que precisam ser superadas, a Matriz de Superação para minimizar os riscos e, por fim, a Matriz de Sobrevivência para nos proteger dos ataques. Agora vamos a uma nova etapa – a do PDCA – que é a fase de planejamento por áreas:
- Maximizar as forças
- Minimizar as fraquezas
- Minimizar riscos
- Proteção contra os ataques
O ciclo PDCA é uma ferramenta complementar à matriz SWOT que nos ajuda a:
P = PLAN – (planejar) – estabelecer metas e procedimentos.
D = DO (execução) – operacionalizar as tarefas e coleta de dados.
C = CHECK (verificação) – comparar dados coletados com a meta planejada.
A = ACTION (ação corretiva) – medidas para manter procedimentos ou mudá-los.
O sucesso desse planejamento coletivo deve-se não somente ao uso de ferramentas de gestão, mas também à operação do Espírito Santo na vida dos participantes. Sou grata a Deus porque esse grupo se dispôs a participar dessa análise e oro para que continue firme no planejamento.
Duas perguntas cruciais, que apresentei ao grupo no final da 1ª. fase, ajudam-me a conhecer melhor os desafios e o potencial que temos nas mãos. Vejam suas respostas:
- Qual o maior desafio que você vê pela frente?
- Melhorar o relacionamento professor-aluno.
- Combater o esfriamento espiritual de alguns alunos e a falta de empenho de outros em relação à educação cristã na família.
- A compra de equipamentos como, por exemplo, projetores, tvs e computadores para as salas.
- A orientação dos alunos quanto à disseminação de notícias falsas e heresias.
- Uma reforma para obtermos salas mais adequadas.
- Manter o engajamento de todos, constância e dedicação tanto de professores quanto alunos.
- O que Deus tem falado ao seu coração?
- Peço sempre que Deus me ajude a não ser pedra de tropeço para ninguém, a ter cuidado comigo mesmo.
- Para não desistir, pois são nesses momentos que Ele vai capacitar e abençoar todos aqueles que lhe são fiéis e obedientes.
- Para aproximar-me mais dos alunos.
- Que podemos superar os desafios se trabalharmos juntos.
- Que estamos no caminho certo.
- Os desafios e ameaças são muitos, porém Ele nos capacitará.
- Que temos responsabilidades como professores: zelo no ensino, relacionamento com a classe e visão ampla da EBD.
Que assim como eu, você, educador cristão, sinta-se motivado a desenvolver em nossos irmãos a compreensão de que TODOS são responsáveis pela edificação da igreja(2) e pelo planejamento das ações que nos levarão a isso (Ef 4.16,29)!
Que o Senhor, maravilhoso Conselheiro, nos leve a bom termo. Amém!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- CAVALCANTI, Sarah. Uma escola para todos: a escola bíblica dominical como ferramenta de ensino para uma igreja espiritualmente saudável. Rio de Janeiro, Betel, 2018.
- RICHARDS, Lawrence O. Teologia da educação cristã. 3ed. São Paulo, Vida Nova, 1996.
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