VERSÍCULO-CHAVE: “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas […]. Inclinai os ouvidos e vinde a mim” (Is 55.1a; 3a).
Alguma vez, você já sentiu sede, qual foi a sensação provocada? Quanto tempo você aguenta ficar sem tomar um copo de água? Que consequências podem ser enumeradas, quando decorrentes da ausência de água no organismo? Por que a água é um bem precioso à vida? Será possível viver com qualidade sem ter acesso à água? Por quê?
Uma das necessidades básicas do ser humano guarda relação com saciar a sede. É muito bom poder tomar um copo d’água, depois de uma caminhada ou de alguma atividade que dispendeu esforço físico. A água nutre o corpo, renova a energia, e promove saciedade, hidrata a pele.
Muitos são os benefícios da água que podem ser apresentados, por isso, a água é comparada a um tesouro, porque ela traz vida. Em contraposição, a ausência de água causa sequidão, involução, baixo desenvolvimento, sacrifício e, em decorrência disso, a tristeza. Afinal, o cenário é de desolação e de uma vida dura. Um cenário que pode ilustrar muito bem isso é o do deserto. O deserto implica carência de água e sobreviver a ele, não é nada fácil.
Assim, o deserto na vida significa sequidão, ausência de Deus, por isso, quando no versículo bíblico se tem a menção ao vinde às águas, isso significa que Deus sacia toda a sede da alma humana. Ele a preenche com certeza e segurança, na medida em que se tem nele a esperança de vida em abundância. Não se tem dúvidas sobre a ação de Deus, antes o sentimento é de confiança.
Interessante observar, porém, que o vinde vem associado com o ato de ouvir com atenção, o qual é determinado pela expressão “inclinai”. Então, o processo não se limita ao ato de simplesmente saciar a sede, mas de comprometer-se com a mensagem absorvida, o que indica que a sede no contexto da vida não se trata apenas de uma necessidade física, mas espiritual.
Vinde às águas é um convite tanto para aqueles que estão vivendo no deserto, como para aqueles que depositam sua esperança no Senhor, estando ou não no deserto. Para todos, Deus chama carinhosamente, “vinde”; contudo o chamado não é imposto, antes se faz necessário aceitá-lo.
O ato de aceitação ao convite traz duas certezas: esperança e convicção. A primeira, esperança de que a sede será saciada completamente; e a segunda, convicção de que Deus estará presente em todo o percurso. Ele não se afastará, mas cuidará de cada detalhe, a fim de que ao passar pelo deserto, você terá a necessidade de água satisfeita, porque ele é fiel e cumpre suas boas e doces promessas.
Como é bom saber que Deus cuida de seus filhos. Como é bom saber que ele sacia a sede da alma. Como é bom saber que nele se tem esperança de vida abundante.
Ore ao Senhor e agradeça por seu convite: vinde às águas.