“Bem-aventurado todo aquele que teme o SENHOR e anda em seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos; serás feliz, e tudo te irá bem.
Em tua casa, tua mulher será como a videira frutífera, e teus filhos, como brotos de oliveira ao redor da tua mesa. Assim será abençoado o homem que teme o SENHOR” (Salmo 128.1-4).
No texto de 18 de junho, vimos que se entre o dízimo e eu estiver o dinheiro, todos os meus valores serão meramente financeiros e a consagração de bens/ofertas será apenas uma prática de “dar o dízimo” sem que haja a entrega de si mesmo. Ao colocar Deus entre o dízimo e eu a dimensão muda cabalmente pois ao discernir que tudo provém do Altíssimo, “devolver o dízimo” legitima a fé, gratidão, amor, o propósito e o privilégio maior que é cooperar e ser instrumento divino na provisão material da Igreja e propagação do evangelho, firmes que Deus proveu e sempre proverá, pois Ele é fiel.
Se creditamos os méritos do sucesso ao esforço pessoal, caímos no erro que Lucas adverte: “Assim é aquele que ajunta tesouros para si, mas não é rico diante de Deus” (12.21) e ainda assevera: “Se Deus veste assim a planta que hoje está no campo e amanhã é jogada no forno, quanto mais a vós, homens de pequena fé?!” (v. 28) e conclui:
- ²⁹ “Portanto, não fiqueis preocupados se tereis o que comer ou o que beber.
- ³⁰ Porque as pessoas do mundo procuram todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas.
- ³¹ Antes, buscai o seu reino, e essas coisas vos serão acrescentadas.
- ³² Não temas, ó pequeno rebanho, porque é do agrado do vosso Pai dar-vos o reino.
- ³³ Vendei vossos bens e dai esmolas. Fazei bolsas que não envelheçam; tesouro no céu que jamais acabe, onde o ladrão não chega e a traça não destrói.
- ³⁴ Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.
Dentre as muitas passagens na Bíblia sobre dízimos, destacamos: Abraão que deu o dízimo de tudo ao retornar de uma batalha (Gn 14.20); Jacó que fez um voto a Deus, prometendo dar o dízimo de tudo o que Deus lhe desse (Gn 28.20-22); o rei Davi, com o propósito de erguer ao Senhor um altar, não aceitou o terreno e holocausto que Araúna, o jebuseu, queria dar e lhe respondeu: “[…] Não! Quero comprar pelo seu valor, porque não oferecerei ao SENHOR, meu Deus, holocaustos que não me custem nada. Davi comprou a eira e os bois por cinquenta siclos de prata. E edificou ali um altar ao SENHOR e ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas. Assim o SENHOR se tornou favorável para com a terra, e aquela praga cessou sobre Israel” (2Samuel 24.24b-25).
Dízimo é primícia e não resto. O crente maduro não antepõe o dinheiro às coisas espirituais e coloca Deus em primeiro lugar, pois zela em cumprir: “Acima de tudo que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23), e vive para servir: “Meu filho, dá-me teu coração, e que os teus olhos se agradem dos meus caminhos” (Pv 23.26).
Que assim Deus nos permita viver conforme Mateus 6.33: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. Amém!