O dízimo, o dinheiro e eu
“Não te fatigues para ser rico; sê sábio e te contém.
Por que desejarias as riquezas, que nada são? Elas fazem asas para si e, à semelhança da águia, voam para o céu” (Provérbios 23.4-5)
Dinheiro é uma temática pessoal. Aprendemos desde cedo a trabalhar, economizar e prosperar para sermos vencedores. De quanto dinheiro eu preciso para ter uma vida estável e equilibrada? Esta pergunta retórica deve considerar quais são as ambições e propósitos na vida secular. O desemprego muito nos ensina sobre o dinheiro, pois se antes era insuficiente, sem salário as prioridades se quebrantam diante da carestia.
Como solver a planilha mensal de despesas e ainda “dar o dízimo”? Quanto dinheiro será suficiente para cobrir as dívidas mensais? Questões que merecem consideração.
Eclesiastes 5.10-14 nos ensina:
- “Quem ama o dinheiro nunca terá o suficiente; quem ama a riqueza nunca ficará satisfeito com o lucro. Isso também é ilusão!”.
- “Quando os bens se multiplicam, multiplicam-se também os que os consomem. Que proveito tem o seu dono, a não ser contemplá-los com os olhos?”
- “O sono do trabalhador é doce, quer coma pouco quer coma muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir”.
- “Há um grande mal que vi debaixo do sol: riquezas que foram guardadas por seu dono para sua própria infelicidade”.
- “Se as riquezas dele se perdem num infortúnio, não deixará nada para o filho que lhe nascer”.
Nestes versículos aprendemos que o revés reside no amor e não no dinheiro em si, como escreve 1Timóteo 6.10: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa dessa cobiça alguns se desviaram da fé e se torturaram com muitas dores”. Este enfoque sobre a vida financeira precisa ser ponderado à luz das Escrituras Sagradas, buscar do alto o soberano Deus, que está acima de tudo e que tem o poder supremo sobre todas as coisas e reconhecer que: “[…] Ao SENHOR pertencem a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele habitam” (Salmo 24.1).
O jovem rico pergunta a Jesus o que deveria fazer para ter a vida eterna, uma vez que obedecia a todos os mandamentos e Jesus lhe responde, conforme Mateus 19.21-24:
- “Jesus respondeu: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres; e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me”.
- “Mas, ouvindo essas palavras, o jovem retirou-se triste, porque possuía muitos bens”.
- “Então Jesus disse aos discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino do céu. E outra vez vos digo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”.
O jovem retirou-se triste pois amava mais o dinheiro, que é terreno, sobretudo o que é eterno. Nossa alegria em devolver dízimos/ofertas e atuar financeiramente vem da fé em Cristo. Hebreus 13.5: “Seja a vossa vida isenta de ganância e contentai-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Nunca te deixarei, jamais te desampararei”. Contentar-se não é acomodar-se, ao contrário, é agir livre das amarras do dinheiro sabendo que tudo vem de Deus, que nos chama para participarmos na Sua obra.