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                      O luto: a dificuldade de ser a força para recomeçar

                      Publicado por Luciene Cunha Barbosa em 03/11/2025
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                      • morte

                      O luto é uma experiência universalmente humana, mas profundamente singular. É o preço que pagamos por amar. Contudo, em uma sociedade que valoriza a produtividade e a superação rápida, o luto é frequentemente tratado como um inconveniente a ser resolvido, e não como um processo vital a ser vivido. Este artigo defende que a negação do tempo e do espaço para o luto acarreta consequências destrutivas, e que a verdadeira força reside em permitir-se sentir a dor da ausência.  

                      Uma das maiores dificuldades atuais é a pressão social para “voltar ao normal”. Após um período de licença ou alguns dias de condolências, espera-se que o indivíduo enlutado retome sua rotina com a mesma eficiência de antes. O problema reside no fato de que o luto não é um evento; é uma jornada de adaptação. A perda de alguém amado ou de algo significativo (emprego, saúde, relacionamento) não deixa apenas um vazio emocional, mas provoca uma redefinição da própria identidade. A consequência imediata de reprimir esse processo é o luto interrompido ou complicado:

                      Somatização e doença: A dor que não é expressa pode ser internalizada, manifestando-se como problemas físicos (dores crônicas, distúrbios do sono) ou psíquicos (ansiedade e depressão prolongadas). O corpo grita o que a alma silencia.

                      Isolamento e culpa: A incapacidade de compartilhar a profundidade do sofrimento, por medo de incomodar ou ser julgado, leva ao isolamento social. O enlutado passa a se sentir incompreendido, aumentando o peso da culpa por não estar “seguindo em frente” como deveria. 

                      Decisões precipitadas: A mente sob o impacto do luto está turva. Pressionar por resoluções rápidas (vender bens, mudar de cidade, iniciar novos projetos) pode levar a decisões imprudentes que só intensificam a sensação de perda e descontrole. O luto interrompido não some, ele se disfarça, transforma-se em um peso silencioso que afeta a qualidade de vida, os relacionamentos e a capacidade de experimentar alegria. 

                      Se as consequências de reprimir o luto são nefastas, a permissão para vivê-lo plenamente é o caminho para o recomeço. O luto, em sua essência, é um ato de amor duradouro e de coragem para se adaptar. Viver o luto conscientemente traz consequências transformadoras: 

                      Ressignificação da memória: Permitir-se chorar, sentir raiva ou negociar com a dor não desonra a pessoa perdida; honra o impacto que ela teve. Com o tempo, a dor aguda cede espaço à saudade terna, e a memória do que se foi passa a ser uma âncora de gratidão, e não um fardo. A própria Escritura legitima a dor e a esperança da cura: “O choro pode durar uma noite, mas o cântico de júbilo vem de manhã” (Salmos 30.5b).

                      Empatia e conexão: A vulnerabilidade do enlutado o torna mais humano e acessível. Compartilhar a experiência do luto, mesmo que de forma contida, fortalece laços, gera empatia e reconecta-o com a comunidade. Somos chamados a praticar essa solidariedade ativa: “ Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram” (Romanos 12.15).

                      Crescimento pós-traumático  e consolo divino: Embora seja difícil de enxergar no meio da dor, muitas pessoas experimentam o CPT, percebendo uma maior apreciação pela vida e uma nova clareza sobre suas prioridades. A fé ensina que o próprio Deus é a fonte de toda a nossa força: “ Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação[…]” (2Coríntios 1.3-4). 

                      O luto, quando aceito, pode lapidar a alma e nos capacitar a consolar os outros. A sociedade precisa urgentemente abandonar o mito da “superação” e abraçar a realidade da integração. A pessoa não “supera” a perda de um filho ou de um companheiro; ela integra essa ausência à sua nova identidade. Ela aprende a ser a pessoa que restou e a honrar o amor que permanece. O verdadeiro ato de bravura não está em esconder a dor, mas em permitir que ela seja vista, sentida e, finalmente, cicatrizada. Só assim o enlutado poderá, não apenas sobreviver, mas recomeçar a construir um futuro.

                      Bibliografia 

                      BÍBLIA SAGRADA. Almeida Século 21.

                      BOWLBY, John. Apego e perda: perda, tristeza e depressão. Volume 3. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

                      S. LEWIS. A anatomia de uma dor. 3. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2017.

                      KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a morte e o morrer. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

                      PARKES, Colin Murray. Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. São Paulo: Summus, 1998.

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                      Luciene Cunha Barbosa
                      Luciene Cunha Barbosa
                      Membro da PIB Vera cruz -Goiânia /Pedagoga/educadora cristã /neuropsicopedagoga/Psicologa Clínica /Mestre em Educação /Doutoranda em Educação Pela Ivy Enber Cristian University -USA

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