Recomendo-lhes nossa irmã Febe, serva da igreja em Cencréia. Peço que a recebam no Senhor, de maneira digna dos santos, e lhe prestem a ajuda de que venha a necessitar; pois tem sido de grande auxílio para muita gente, inclusive para mim.
Romanos 16.1-2
Como é bom ler nas cartas de Paulo sobre suas viagens, suas aventuras e desventuras. O interessante é que na visão do missionário tudo que ocorria em sua vida ou ao seu redor era motivo de dar glória a Deus, pois mesmo diante dos problemas, este missionário via nascer e crescer possibilidades de testemunhar sobre o evangelho de Cristo.
Você deve estar pensando, mas o que Paulo tem a ver com o mover de Deus por meio da ação de mulheres? Será que o título desta devocional está adequado? Ou será que é preciso mudar o sentido neste contexto bíblico? Que tal prosseguir, quem sabe o sentido surja e possa ser revelado, conhecido e aprendido.
Nas cartas paulinas, com certeza, é muito fácil perceber que o ministério de Paulo envolveu muitos colaboradores e seguradores de cordas, sem os quais sua tarefa teria sido mais penosa e pode-se dizer até solitária.
Mas, no reino de Deus se aprende, desde cedo, que o ato de caminhar requer companhia. Envolve sempre a relação de um ao lado de outros irmãos na fé. De fato, essa interação é necessária, pois é ela que mantém viva a chama de fé e esperança, que deve alimentar sempre os corações.
Esta chama sempre foi trabalhada por Paulo em suas cartas à Igreja e é muito interessante quando se vê as diferentes manifestações deste missionário, demonstrando sua gratidão por essas pessoas, as quais estavam andando com ele no caminho. Pessoas que fizeram diferença em sua vida e que se descobriram com uma missão bem especial e definida. E, novamente você deve perguntar: está tudo certo, mas em que lugar está inserido a participação das mulheres neste processo? É neste ponto, que surge um texto em Romanos 16: 1-2 que fala especialmente sobre a ação de uma mulher. Seu nome era Febe.
Paulo intercede à Igreja que receba a Febe no Senhor e recomenda que a trate bem, ou seja, com carinho, alegria, acolhimento e amor, isso indica sem reservas. Esta recomendação inclusiva do missionário tinha um motivo especial, sua gratidão. Esta gratidão vem expressa na palavra que marcava a ação e atitude demonstradas por esta mulher: proteção.
Quando se pensa em proteção, associa-se esta palavra a cuidado, zelo, ousadia, destemor, uma vez que quem protege o faz em relação a outro, e isso pode dar indícios sobre o sentimento de alteridade que movia as atitudes de Febe, em relação à vida dos missionários. Ela não apenas pensava no outro, mas desenvolvia ações de cuidado e zelo pelo outro.
A ideia que se pode fazer de Febe é de que era uma mulher de fibra, que não se detinha diante de um problema ou desafio, que não media esforços para ajudar aqueles que precisavam de sua mão e encorajamento. Pode-se inferir que este era o sentimento que ela fez germinar nos corações dos missionários. Sim, de fato, Febe era uma mulher sem igual!
Como você demonstra respeito pelo próximo?
Ore, pedindo ao Senhor que brote em seu coração o sentimento de alteridade.