No espaço de algumas semanas, dando início a pandemia COVID-19, as igrejas foram forçadas a se tornarem mais digitais – para mover serviços e outras atividades da vida da igreja online. Enquanto algumas igrejas tinham investido em recursos humanos e tecnológicos que lhes permitiram navegar nesta transição, muitas estavam despreparadas e com poucos recursos. Agora, todas as igrejas que ainda não entenderam isso, estão se ajustando para serem igrejas fora dos padrões regulares de reunião e se tornarem igrejas digitais.
Muitos estão se perguntando: O que essa ruptura significará para o futuro da igreja?
Algumas igrejas estão tendo que se adequar sem saber como fazer, mesmo depois de mais um ano de pandemia. Outras estão buscando práticas mais disruptivas (que têm capacidade para romper ou alterar), como a comunhão online. Essas estratégias, como por exemplo, transmissão ao vivo de um culto, reuniões departamentais, reunião de líderes de cânticos em uma plataforma de webconferência, têm movimentado a web.
Dentre essas estratégias, igrejas, com poucos recursos, tiveram uma mudança drástica em suas atividades, mas não enfraqueceram, muito pelo contrário. Através dos pastores, Educadores Cristãos que mesmo sem conhecimento tecnológico buscaram ajuda entre profissionais qualificados. Igrejas onde a EBD através das classes online, usando plataformas do Google Meet, do Zoom, duplicaram. Cada coordenação, departamentos, classes, cada líder cuidando do seu quadrado. A Escola Bíblica cresceu, os membros se sentiram abraçados, os dízimos, os compromissos das igrejas ficaram em dia, não precisando dispensar ninguém, ofertas missionárias alcançadas e com alguns alvos, acima do esperado. Ou seja, visão além do alcance!
Essas estratégias têm por objetivo compreender mais plenamente as possibilidades únicas de ofertas de tecnologia digital para a reformulação, construção da comunidade da igreja e para ter comunicação entre seus membros, bem como, a chance de reimaginarem o que significa ser uma igreja na era digital. Ou seja, um aprendizado, uma reconstrução, sabendo que não voltará mais a ser do jeito que era.
Por meio de novas plataformas digitais, criando formas de conexão e reuniões, as igrejas avançam e, à medida que avançam, passam de pragmáticas a uma realidade de interatividade imediata e criativa.
Começam a prestar mais atenção aos ritmos espirituais da vida cotidiana. Agora são “igrejas online” – a antiga igreja – operando em um novo ambiente. Além disso, as igrejas estão começando a se desenvolver, a crescer, a descobrir um mundo novo e desconhecido.
Globalmente, estamos experimentando o que na ficção científica é chamado de “novum” – uma situação que muda profundamente a realidade. No caso atual, uma pandemia. Por mais sombrio que esse tipo de ficção especulativa possa ser, é geralmente uma literatura de esperança.
As tecnologias digitais têm mudado nossas vidas e o mundo, desde meados do século XX vem avançando através de três estágios progressivos:
- Com os primeiros computadores digitais, a internet era uma infraestrutura de rede para digitalização, informação e comunicação.
- Após essa primeira etapa, com o desenvolvimento da www (World Wide Web) como a interface principal e sistema de gerenciamento de informação popular para a internet, iniciamos o processo de digitalização: Digitalização de documentos educacionais, comerciais, religiosos, sociais e outras atividades, adotando tecnologias digitais cada vez mais complexas, para automatizar o trabalho.
- Mais recentemente, com tecnologias transformadoras, como inteligência artificial, que nos permite fazer coisas novas, entramos no estágio de transformação digital. E a igreja, como todas as outras instituições na era digital, precisa de um plano para avançar.
Quando nossos telefones, carros, lâmpadas etc., forem transformados em dispositivos inteligentes, e nossas vidas e mundo tiverem dimensões digitais dinâmicas, que novas formas de igreja serão possíveis? Este é o desafio e a oportunidade da transformação digital!
À medida que os impactos na saúde, econômicos e sociais da COVID-19 continuam a surgir, todas as igrejas precisarão de novos recursos tecnológicos para prosperar no futuro, sendo moldadas por esta pandemia e em resposta a ela.
Durante a emergência atual e a extensão digital na vida das igrejas, todas estão descobrindo novas maneiras de se conectarem umas com as outras, ampliando as comunidades, ou seja, tendo uma visão global e não de bairro, município ou país. Estão tendo uma visão mundial! Estamos reimaginando nossa visão do avanço tecnológico.
Quando as igrejas forem capazes de retomar suas rotinas, a missão de cada igreja prosperará e incluirá uma dimensão digital totalmente sofisticada. À medida que as igrejas avançarem, após a presente crise pré-pandêmica, novas formas de igrejas surgirão – igrejas transformadas – não apenas digitalmente, mas outras formas estendidas de igrejas – que se tornarão pós-pandêmicas, a modelar o futuro.