Hoje inicio a primeira de uma série de seis estratégias para você, gestor, colocar em prática na sua organização, seja ela um pequeno grupo multiplicador na família ou mesmo liderando uma igreja de grande porte. E, o motivo pelo qual escolhi esta forma, digamos, fracionada em seis textos seguintes, foi porque implantar essas mudanças exige tempo para reflexão e discussão em equipe. Portanto, ao terminar de ler este post você já poderá marcar o encontro com seu staff para digerir algumas ideias. Então, todo mês você terá aqui – por mais cinco vezes – um princípio para trabalhar com sua equipe. Inovar dá trabalho, mas também traz resultado.
Com a mudança global da inovação, nossas igrejas carecem de uma mãozinha de nós, consultores, para elaborar algumas ações estratégicas de sobrevivência. Entenda que o termo “sobrevivência” quer encontrar um sentido de tornar-se agregador, relevante para nossa geração. A Igreja de Cristo tem seu papel de ser relevante e é isto que este artigo quer propor.
Primeiro princípio: estratégia de plataformas
Entendemos que este princípio requer um ecossistema externo que impulsiona a criação da inovação complementar. Calma. Vou explicar. Quando o olhar do gestor está em busca de soluções é possível encontrá-las no ecossistema externo, ou seja, suas próprias questões podem ser resolvidas a partir da construção de um retorno positivo junto de outras igrejas colaboradoras. Ao invés de implantar algo que gere competição, digamos assim, adota-se uma filosofia colaborativa para que todos ganhem força ao longo dos anos e a mensagem do Reino prevaleça, e não a imagem de uma organização propriamente dita.
Vamos a um exemplo de uma plataforma com este funcionamento: Uber.
Ela realiza interações (network) e transações que criam valor entre produtos e comunidades externas, onde funciona bem para todos os lados envolvidos. Criando um valor compartilhado as organizações se esforçam mutuamente e criam excelentes resultados, inclusive financeiros, beneficiando a comunidade e gerando valor social.
Agora, reflita comigo ou leve estas questões para seu staff:
- Como a igreja onde congrego pode tornar-se mais relevante para a comunidade local?
- Que ações a nossa liderança está executando para a transformação de vida das pessoas?
- Como Jesus tem se tornado conhecido a partir da nossa comunidade?
- Quais resultados temos colhido a partir das estratégias adotadas até aqui?
Bom, depois destas perguntas respondidas, os próximos passos ficarão mais fáceis de serem dados. O exercício anterior é válido para nosso discernimento. Sabe aquele convite que a Palavra nos faz inúmeras vezes, que meditemos em Seus ensinamentos? É basicamente isto que a tarefa propõe. Antes de tomarmos novas ações é necessário saber quem somos e o que estamos realizando a fim de identificar se as obras são carnais ou espirituais. Então, resista à tentação de ir direto ao ponto e convide sua liderança para um momento de meditação e discussão sobre os aspectos supracitados. Após, será adequado avançar para a próxima etapa.
Vou te ensinar agora como gerar um impacto coletivo a partir de quatro elementos:
- Crie uma agenda comum: cada participante precisa estar envolvido. Gente assistindo e fazendo nada só desmotiva os que estão comprometidos e ainda atrapalha o desenvolvimento do trabalho. Gente comprometida com os objetivos da agenda garante o sucesso da missão.
- Acompanhamento do sistema de medição de resultados: todos os envolvidos merecem saber os resultados de cada etapa atingida durante o processo. Deste modo a agenda criada é formalizada e cria-se uma base coesa de metas e estratégias.
- Fortalecimento de atividades: cada participante deve estar no lugar onde melhor se concentra.
- Suporte de base: garante o alinhamento dos integrantes, sempre com um supervisor ou tutor para gerir a integração entre eles e consolidar informações.
Por ora já se tem muito trabalho a fazer, certo? Então, mãos à obra! E, se precisar de uma ajudinha, conte comigo.
“E tudo quanto fizerdes, fazei de coração, como se fizésseis ao Senhor e não aos homens,” […] (Colossenses 3.23)
Que Deus, com grande graça, nos abençoe.