Diante de tantas mudanças nos dias de hoje, a tarefa do educador ficou ainda mais desafiadora. Além de conhecer bem as Escrituras e dominar técnicas e métodos educacionais, agora precisamos muito da tecnologia e de seus avanços e inovação.
Para alguns educadores, esse foi um freio. Antes da pandemia, ainda era possível postergar a necessidade que batia à porta de obter mais conhecimento sobre tecnologia e seus métodos. Com a pandemia fomos arrastados em uma onda onde ou eu mergulho, pesquiso, tento e arrisco e vou junto nesse processo de crescimento de ferramentas estratégicas de ensino ou paro. Desisto de caminhar junto nessa tentativa de aprender e abrir a mente para novos horizontes. Não que a educação, para acontecer, precise de alguma tecnologia. Sabemos que o nosso Mestre não usou nenhuma técnica específica de ensino. Ele usou sua própria vida. Era vida na vida. A tecnologia hoje diminui as distâncias, aumenta possibilidades, reverbera a voz. Não deixa de ser um presente para nós, mas foi uma grande dificuldade para mim.
O que vamos tratar aqui neste texto, não necessita de nenhum curso de aperfeiçoamento nem de nenhum software de instalação. Queremos aqui incentivar você, Educador a ter uma vida de oração acima da média. A oração precisa ser nosso principal recurso. Aprendemos isso no início de nossa caminhada com Jesus. E ao longo do tempo podemos cair no erro de não buscar a mesma qualidade que buscamos nos capacitando em ter uma vida diária de oração e relacionamento íntimo com Deus.
“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores, pois estou indo para o Pai.
E eu farei tudo o que pedirdes em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei”
João 14.12-14
Quem deve orar?
Segundo o texto bíblico acima, todo o que crê deve falar com Deus. E mais: Não só terá um diálogo com Deus como também realizará as mesmas obras que Jesus.
Vamos pensar um pouco num episódio que aconteceu com o apóstolo Pedro, na noite em que ele vai no barco com outros discípulos no mar da Galiléia e durante uma grande tempestade Jesus aparece andando sobre as águas (Mateus 14.:22-34). Conhecemos a história. O que nos chama atenção aqui é o exato momento em que Pedro pede a Jesus que o faça também andar sobre as águas. E Jesus prontamente o convida para andar com Ele. E Pedro vai e anda! Pedro precisou deixar o barco, sair do lugar de conforto e arriscar no perigo desconhecido. E olhando para Jesus, conseguiu fazer o mesmo que o Mestre. Porém o texto mostra o exato momento de sua fraqueza, o momento do medo. Ele teve medo das ondas e começou a afundar. Por segundos o medo foi maior do que a pequena fé que o fazia manter o foco em Jesus. Neste momento, Pedro exprime talvez sua oração mais desesperada. No meio da tempestade ele grita pelo Mestre que prontamente o resgata e num gesto de Pai o ensina ainda em meio a tempestade e diz: “Homem de pequena fé, por que duvidaste?”
O texto não especifica, mas os dois estavam ainda sobre as águas e foram até o barco novamente. E somente entrando no barco foi que o mar se acalmou. Jesus ensinou a Pedro e caminhou com ele sobre as águas na tempestade. Assim, Ele faz também conosco em nossas adversidades. Por mais difícil que possa parecer nossa tarefa, precisamos crer que Jesus tornará possível, Pois “Tudo é possível ao que crê!” Marcos 9.23
O que e como pedir?
Quando pensamos no Mestre por Excelência, nos sentimos bem aquém de Quem Ele é. A forma com que Jesus agia com as pessoas, como Ele pensava rápido em suas respostas, como Ele resolvia as questões com tanta agilidade e sabedoria, como Ele mostra amor… Suas ações nunca são em vão. Tudo que ele fazia tinha propósito e continua tendo. Deus não perdeu o controle de nada. E quando lemos que podemos pedir “tudo” precisamos nos atentar também ao propósito no mesmo versículo. Pedir tudo em nome de Jesus para que o Pai seja glorificado. Ele diz que fará o que pedirmos em nome dEle para a glória de Deus. Não há limites para nossas orações. Nossas ações precisam glorificar o Pai. Foi numa oração sincera que contei para Deus minha dificuldade em me adaptar ao novo normal. As aulas “on line”, as “lives”, os entraves da internet, os aplicativos, as reuniões e discipulado “on line…”. Pai! Socorro! E foi aí que me vi com medo da onda. Mas clamei ao Pai que me deu coragem para encarar as dificuldades e mergulhar nessa nova proposta.
Queremos te encorajar a, com oração e fé, continuar nessa caminhada e tarefa linda a que fomos chamados a realizar na Educação Cristã. Temos muitos capacitados a nos impulsionar nesse novo momento e juntos vamos muito longe! Então, não importa qual seja sua tempestade, seus temores, a oração nos torna favoráveis, nos aproxima do Mestre e participantes do processo em que o Pai é glorificado.
Não desista!!!