“Os líderes do futuro são os que empoderam os outros”. Bill Gates
A frase supracitada foi dita por uma personalidade-ícone, simplesmente o magnata do software de maior valor de mercado no mundo. Bill Gates entendeu, antes mesmo da chegada da Revolução 4.0 que a nova economia seria regida por um sistema colegiado de mentes que trabalham coletivamente e deixou este legado de forma muito explícita em sua fala. A disseminação do conhecimento e da acessibilidade digital sempre foi sua prioridade, visando à expansão desse conhecimento e a promoção das mudanças que a humanidade necessita.
Sua declaração inspiradora me fez lembrar um pronunciamento de Jesus aos seus discípulos: “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores, […]”. O Rabi também acredita nos futuros feitos de seus seguidores, por isso lhes concedeu poder e um intensivo tempo de treinamento.
O professor 4.0
Engana-se aquele que pensa que nessa história toda o aluno ainda é um personagem receptor de conteúdo, sentado em sua cadeira enfileirada, trajando um uniforme e portando materiais de anotação.
O principal estudante de nossos dias é o professor. Ele agora chega diferente para sua aula. Não traz consigo apenas seu plano de aula com uma atividade a ser aplicada ao seu público-alvo.
Agora, esse professor é, também, um pesquisador de novas metodologias interativas de ensino, muitas delas digitais. Ele também chega com um senso maior de percepção sobre a realidade de seu aluno. Ele entende que aumentou a facilidade de fuga na concentração de seu aluno ao primeiro sinal de uma mensagem em seu smartphone ou no do colega de classe, provocando alguma dispersão. Ele virou um quase “coach”.
Portanto, exige-se deste novo educador maior flexibilidade para lidar com certos “inconvenientes” e a habilidade de oferecer um momento único para seus participantes.
Este líder do futuro a quem Bill Gates se referiu e que, muitos séculos antes Jesus anunciou, precisa garantir que as experiências vivenciadas lhes permitam despertar a criatividade. Que estes discípulos tragam um feedback satisfatório, afinal, até o modo de se avaliar o conhecimento do aluno mudou (melhorou) com o avanço da tecnologia.
Todo educador quer alunos motivados, alunos que se interessem pelo ensino compartilhado. Seguem, portanto, alguns indicadores que podem revelar um comportamento desejado.
Seus alunos se sentirão mais motivados a participar das aulas se:
- As atividades aplicadas oferecerem experiências integrativas;
- A competitividade for estabelecida de modo saudável;
- O professor se mostrar motivado;
- O professor conhecer a realidade de seu aluno;
- O professor interagir constantemente;
- O aluno tiver verdadeira liberdade de escolha (que não lhe cause nenhum constrangimento);
- O aluno receber metas propostas;
- O professor delegar responsabilidades a seus seguidores.
O aluno 4.0
Qual a característica deste aluno? Ele traz consigo muitas informações.
Como se pôde notar nos apontamentos que acabei de listar no tópico anterior a este, o aluno de nosso tempo sente-se mais preparado para o diálogo com o professor e com seus colegas a partir do momento em que enxerga neles verdadeiros parceiros da construção do conhecimento. Por quê? Porque sentem-se motivados.
Quero destacar duas palavras que acabei de usar: informação e conhecimento. Normalmente, o que o aluno possui são informações e algum conhecimento. Já o professor, o inverso. É exatamente nesta diferença que o tecer do aprendizado acontece de forma extraordinária. A experiência favorece o líder por seu tempo de jornada, mas sabemos que isso não é uma regra, é uma característica comum. E, o professor também deve buscar não apenas produzir um experimento no aluno, mas se permitir fazer parte dele. Jesus nos deixou inúmeros exemplos desta prática junto a seus discípulos.
Conclusão
A proposta do professor 4.0 para o aluno 4.0 é promover uma experiência marcante sobre o seu ensinamento. Sejamos líderes que motivam, que inspiram. Líderes que acreditam na capacidade de transformação de nossos discípulos e na capacidade que eles têm de realizar algo muito maior do que nós.
Como educadores devemos assumir a posição em que nos encontramos de sermos instrumentos usados para promover e disseminar o conhecimento da Palavra de Deus que, por si só, já tem o poder de transformar.
Precisamos refletir com o máximo de honestidade sobre os pontos a seguir e por aí, vai:
- Como um líder pode tornar inesquecível uma aula sobre a Arca de Noé para uma classe de alunos da maturidade?
- Como um educador pode marcar para sempre os participantes mirins de sua classe de maternal ensinando sobre o amor salvífico de Deus?
- Como um professor pode promover uma grande aula on-line a ponto de os alunos o procurarem durante os próximos dias da semana para dividir um aprendizado novo?
- …
Querido educador, não se esqueça destas palavras deixadas por nosso maior mestre, nossa maior inspiração, pois é Ele quem nos capacita: “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores, […]”. (João 14.12).