Em uma das reuniões de negócios com uma empresa centenária que fiz nesta semana sobre novas tendências de mercado para a educação, provoquei a diretoria com a seguinte pergunta:
“acessar é mais importante do que ter e que usufruir tem mais valor do que comprar?”
A sociedade mudou. Agora a cultura não é o fazer acumular, mas dividir. Ter coisas por ter está perdendo a graça. O mundo é melhor quando este ter é compartilhado. Trata-se de um comportamento voltado à coletividade, de troca. As pessoas estão mais comunicativas e interativas e a gente, como influenciador, tem que se valer dessa vantagem.
Estamos diante de uma geração leve, ágil e inconformada. É exatamente assim que essa turma vai impondo seu jeito de consumir conhecimento e crescimento. Como acompanhar este ritmo – com qualidade? Como nós, educadores cristãos, daremos conta, já que nosso principal instrumento de consulta e inspiração para o ensino é um livro milenar? Esta resposta está no P R E P A R O.
É verdade que a velocidade da mudança imposta pela tecnologia assusta. Entretanto, o povo escolhido por Deus para servir, edificar e instruir Sua igreja deve procurar se ferramentar bravamente para combater o combate com a excelência. Dá um aleluia aí!
A causa de nos prepararmos se resume basicamente em saber o valor de incluir, manter e manejar os princípios bíblicos alinhados à nossa cultura. É crescer e se desenvolver como cristãos.
Por todos estes anos de dedicação a estudos e atividade eclesiásticos percebo que a necessidade de nos mantermos atualizados é constante. Já tenho visto pastores, líderes e pais se conformarem com os moldes deste século e renunciarem ao que é de cunho prioritário, no caso, o ensino. Existe uma máxima na administração que diz “Jamais terceirize o que é vital para o seu negócio”. Na realidade educacional cristã, é cumprir Mateus 28.19 e 20 à risca “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-lhes a obedecer a todas as coisas que vos ordenei; e eu estou convosco todos os dias, até o final dos tempos”.
Resultado disto não são apenas indivíduos perdidos, confusos e sem identidade, mas famílias destruídas, infelizes, ambientes onde o inimigo de nossas almas encontrou morada e ali realiza seus feitos de destruição e morte.
Ao longo de quase três décadas de dedicação ao ministério do ensino posso dizer que o corpo de Cristo – na realidade brasileira -, em grande representatividade, ainda carece de preparo adequado para alcançar resultados desejados. Precisa de gente com qualificação profissional, visão estratégica, vontade de servir e muita unção.
Um obreiro capacitado tem seu caráter transformado, vontades dominadas, ego equilibrado, armas certas para ataque e defesa, estratégia de ação, prêmio adquirido.
Que tal voltar ao início deste parágrafo e reler atentamente as palavras na ordem em que seguem as ações até impregnar em seu entendimento? Agora, por favor, imagine uma sociedade com o perfil descrito. É ou não é a imagem de uma geração vitoriosa?
Pessoas bem equipadas têm condições de enfrentar uma guerra e vencê-la. Pessoas bem equipadas e com seu interior voltado para o querer de Cristo não têm batalha perdida.
O livro que temos como ferramenta é milenar, mas é vivo. Suas palavras, seu poder, suas promessas fazem novas todas as coisas: “…eis que surgiram coisas novas.” (2Coríntios 5.17)
Precisamos crer na Palavra, criar coragem e nos munir de conhecimento suficiente para conduzirmos nossos seguidores com confiança e segurança ao céu.