“Quando o SENHOR trouxe os cativos de volta a Sião, ficamos como quem sonha! Então nossa boca se encheu de riso, e nossa língua, de cânticos de alegria. E se dizia entre as nações: O SENHOR fez grandes coisas por eles. Sim, o SENHOR fez grandes coisas por nós, e por isso estamos alegres”.
Salmos 126.1-3
Ah! a alegria do SIM. Aquele choro que durou uma noite nem é mais lembrado. Nem se faz a pergunta se mereceu tamanha benção, talvez até achando merecedor pois orou, jejuou, foi paciente na tribulação, ficou firme, “fez tudo direitinho”. A fé parece tornar-se inabalável e invencível, na alegre expectativa de que nunca mais irá duvidar.
A Bíblia nos fala de Ana, estéril, que ano após ano subia à casa do Senhor com seu esposo Elcana e orava com tanta angústia e tristeza clamando por um filho que o Sumo Sacerdote Eli a considerou como embriagada. Ao ouvir sua súplica “Eli lhe respondeu: Vai-te em paz; e o Deus de Israel te conceda o pedido que lhe fizeste”. (1Sm-1.17). Assim se cumpriu e nasceu Samuel, que foi desmamado e entregue no templo para servir ao Senhor, cumprindo seus votos com alegria e gratidão.
Os milagres de Jesus nos fazem clamar ao Deus todo-poderoso. Impossível nos é elencar, mas apenas recordando alguns: o cego de nascimento volta a enxergar (Jo 9); a ressurreição de Lázaro (Jo 11); os leprosos curados, as legiões de demônios expulsas, Jesus acalma o mar, restaura a orelha cortada (Lc 22); multiplica pães e peixes, liberta cativos, envia uma palavra e o servo do centurião é curado (Mt 8).
Como aquece nossos corações o agir sobrenatural do Eterno que move céus e terra para responder a oração aflita e penitente! Mas temos o alerta do próprio Jesus: “Se não contemplardes sinais e prodígios jamais crereis!” (Jo 4.48). Incorremos na desventura de considerar a linguagem do milagre como sendo a única forma de resposta.
Pensamos erroneamente que a benção de Deus está em responder “sim”, pois traz bálsamo para quem recebe e é alegria e renovo a todos que acompanharam aquela luta. Mas em breve a rotina toma conta da vida diária, logo novas lutas aparecem e vamos novamente ao altar de Deus orar pela resposta afirmativa ao nosso clamor.
Neste processo paulatino, vamos aprendendo e aprendendo os caminhos da maturidade cristã, os mistérios da vida espiritual, sabendo que Deus age dentro dos seus propósitos, no seu tempo e segundo seu Conselho Eterno, conforme nos alerta o Apóstolo Paulo:
“Portanto, desde o dia em que soubemos disso, nós também não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda sabedoria e entendimento espiritual. Assim, oramos para que possais viver de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus, fortalecidos com todo o vigor, segundo o poder da sua glória, para que, com alegria, tenhais toda perseverança e paciência, dando graças ao Pai que vos capacitou a participar da herança dos santos na luz”. (Colossenses 1.9-12).
De que outras formas Deus não responde? Vamos refletir nos textos seguintes, se Ele permitir.