“Meu filho, dá-me teu coração, e que os teus olhos se agradem dos meus caminhos”.
Provérbios 23.26
A vida espiritual fica precária e fragilizada se desenvolvemos com Deus uma relação unilateral, onde apenas oramos pedindo, agradecendo e seguimos de necessidade em necessidade sem nos colocarmos aos seus pés e sem ao menos nos importarmos em sermos vasos de bençãos, servindo com nossos dons/talentos na sua obra.
O livro de Salmos traz oportuna reflexão sobre a qualidade do agir frente imerecidas bênçãos recebidas diariamente, quando o salmista – interrompendo seu louvor a Deus pelos livramentos recebidos – pergunta a si mesmo: (Salmo 116.12-14)
12 – “Que darei ao SENHOR por todos os benefícios que ele me tem dado?”
13 – “ Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR”.
14 – “Cumprirei meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo”.
O compromisso que o salmista faz consigo mesmo alerta para nosso dever pessoal na propagação do evangelho e no crescimento do reino eterno. A conotação do verbo “dar” é tirar de si mesmo, do que tem nas mãos para abençoar outrem. Como se aplica no dar algo ao nosso Mestre? “Ao SENHOR pertencem a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele habitam” Salmo 24.1. A resposta encontramos em Provérbios 23.26: “Meu filho, dá-me teu coração”.[…]”. Uma vez entregue o coração, todo o nosso ser o acompanha com liberalidade e se compromete com o resultado desse amor.
Miquéias também se importa com a qualidade do seu próprio servir e adorar, fazendo a pergunta retórica: “Com que me apresentarei diante do SENHOR e me prostrarei diante do Deus excelso? […]” (Mq 6.6), e segue com tipos de sacrifícios: holocaustos, bezerros, carneiros e rios de azeite, comuns no tempo de Miqueias, mas – conforme Hebreus 10.6-8 – não satisfazem a Deus: “[…] Por acaso o SENHOR exige de ti alguma coisa além disto: que pratiques a justiça, ames a misericórdia e andes em humildade com o teu Deus?” (Miquéias 6.8b).
Nosso compromisso pessoal se inicia em reconhecer a própria finitude, agradecer pelas imerecidas bençãos recebidas continuamente na graça de Deus e servir, não ficar inerte, mas ser instrumento de benção e salvação, dizimando e servindo. Aprendemos em IBMH com nosso Pastor Sênior Edson que “a única maneira de servir a Deus é servindo ao próximo”, e sempre somos alertados e ensinados a servir enquanto coletividade cristã.
No boletim da Igreja Batista Monte Horebe(*) de 19-04-2009 JUBILEU DE RUBI-45 ANOS JUBILANDO NO MISSIONAR CRISTO, Pastor Edson nos adverte: “Mas o que daremos nós ao Senhor da Igreja?
Nada alegra mais ao Senhor da Igreja, que uma igreja comprometida com a proclamação de sua salvação ao mundo perdido. Isto é tomar como bandeira o cálice da salvação; e IBMH não se desviará desse compromisso.
Nada alegra mais ao Senhor da Igreja o exaltar do único nome digno de louvor, o Cabeça da Igreja. Isto é invocar o nome do Senhor. IBMH abomina o estrelismo, pois só uma estrela brilha: Jesus.
Nada alegra mais ao Senhor da Igreja, que uma igreja comprometida, fiel à sua razão de ser. Isto é: “Cumprirei meus votos ao SENHOR […]”.
Que assim Deus encontre a cada um de nós servindo em espírito e em verdade. Amém!
Referência:
(*) https:/
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