“Não digo isso por causa de alguma necessidade, pois já aprendi a estar satisfeito em todas as circunstâncias em que me encontre. Sei passar necessidade e sei também ter muito; tenho experiência diante de qualquer circunstância e em todas as coisas, tanto na fartura como na fome; tendo muito ou enfrentando escassez. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4.11-13).
O Apóstolo Paulo afirma que aprendeu a estar contente com o que tinha, pois não o somos por natureza. Estar contente é diferente de acomodar-se. Felicidade é escolher viver com satisfação e alegria pelo que recebeu de Deus hoje, valorizar o que tem, reconhecer que tudo é bênção imerecida e lutar por novas conquistas. “Quando eu conseguir, então vou ser feliz” é uma forma amargurada e frustrada de viver os dias, contando o que falta e não celebrando o que já foi alcançado. Quem ama o dinheiro nunca terá o suficiente; quem ama a riqueza nunca ficará satisfeito com o lucro. Isso também é ilusão!” (Eclesiastes 5.10).
Riqueza, pobreza, escassez e abastança são substantivos imensuráveis por ser indefinido o limite para que cada pessoa se sinta plenamente realizada. A ambição exige cada vez mais ao confiar no que é palpável, valorizar o que é externo e se alicerçar no que é tangível. Prosperidade é um padrão de sucesso comparativo em nossa sociedade, mas não deve ser o nosso padrão. “Pois não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se recomendam a si mesmos. Mas estes, medindo-se e comparando-se consigo mesmos, mostram não ter entendimento” (2Coríntios 10.12).
Controlamos o que temos, ou o que temos nos controla? Não há mal no sucesso financeiro, desde que não seja um alvo desmedido “Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos loucos e nocivos, que afundam os homens na ruína e na desgraça. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa dessa cobiça alguns se desviaram da fé e se torturaram com muitas dores” (1Timóteo 6.9-10). Como saber se o dinheiro me controla? Quando afianço ao meu esforço pessoal o sucesso obtido, não reconhecendo que tudo provém de Deus e não abençoando os outros.
É perfeitamente plausível ser rico sem ser materialista. Generosidade/compaixão são dons de Deus e o repartir manifesta o puro amor a Deus e ao próximo. Hebreus 13.16 nos exorta e instrui quanto ao amor fraternal: “Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com os outros, porque Deus se agrada de tais sacrifícios”. E ainda 1Timóteo 6.17-18: “Ordena aos ricos deste mundo que não sejam orgulhosos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede amplamente todas as coisas para delas desfrutarmos; que pratiquem o bem e se enriqueçam com boas obras, sejam solidários e generosos”.
A fé no Deus vivo é a chave para a salvação eterna e a medida do equilíbrio espiritual e material. O hino 355/Firmeza (Cantor Cristão) “Em nada ponho a minha fé, senão na graça de Jesus, no sacrifício remidor, no sangue do bom Redentor. A minha fé e o meu amor Estão firmados no Senhor”, nos ensina a louvar as misericórdias, bênçãos e provisões advindas de Deus, que dá semente ao que semeia. “Cada um contribua de acordo com o que decidiu no coração; não com tristeza nem por constrangimento, pois Deus ama a quem contribui com alegria. E Deus é poderoso para fazer toda a graça transbordar em vós, a fim de que, tendo sempre o suficiente em tudo, transbordeis em toda boa obra” (2Coríntios 9.7-8).