“Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente.” (João 2:7)
Quanto deve ser o tempo para se preparar para o início de uma jornada sem precedentes? Que ações se farão? É algo que se fará sozinho? O custo envolvido foi calculado? Os motivos foram estabelecidos? Que resultados se esperam? Estas são perguntas que denotam um planejamento necessário para se começar qualquer atividade. O Senhor Jesus ensinando seus discípulos posteriormente diz que alguém que vai realizar uma construção deve fazer os cálculos necessários (Lc 14:28), e vai além falando de planejamento futuro, quando diz que o que fazemos aqui redundará no que acumulamos para o que virá depois (Mt 6:20).
Se contarmos os dias antes desse episódio que João relata, considerando que são dias sucessivos, estamos aqui com uma semana desde que Jesus começou suas atividades. Antes disso, passou em preparo para este momento cerca de 30 anos, desde seu nascimento. Mas, conforme João coloca no início de seu escrito, esse planejamento é muito anterior a isto e começa mesmo na eternidade! A vinda do Senhor Jesus e seu ministério não foi algo de última hora ou um plano “B” desenvolvido posteriormente ao um fato ocorrido. Bom, uma semana
depois, ele foi identificado publicamente, já reuniu alguns dos discípulos que o seguiriam até o final e mudariam o mundo, e agora está no princípio de seu ministério.
Quantos de nós já começou uma empreitada dessas e na primeira semana já vem com um resultado transformador? Os começos são sempre difíceis! Os discípulos recém chamados precisavam ver não só a autoridade de Jesus, mas o seu poder, para começarem a crer nele. O milagre que ele fez naquele casamento foi o primeiro sinal do motivo para o qual ele tinha vindo. Ele não estava ali para provocar uma revolução, mas para salvar o mundo e precisava mostrar a transformação que aconteceria a partir de então. Uma transformação tipo água em vinho! Uma transformação que muda a natureza de alguém e é mais que uma revolução. Seria transformar um cidadão terreno em um cidadão celestial. Seria transformar um religioso, arraigado em práticas irrelevantes para a salvação, em um crente em Cristo. Com aquele milagre, Jesus mostrava que tudo aquilo já havia passado já era, e que agora, no tempo oportuno, ele estava mostrando o que Deus desejava para o homem.
Algo mais revelador é mostrado com aquele milagre, Jesus era o melhor de Deus para o homem. Deve-se entender que tudo que Deus fez e faz pelo homem é o melhor, mas em termos de salvação a única forma eficaz e necessária seria a vinda de seu Filho ao mundo e a posterior morte na cruz. Nada menos ou mais que isso. Tudo que os judeus tinham provado até então (veja-se a atuação e livramento de Deus na história do povo) não era nada
comparável ao que iriam experimentar com a presença de Jesus, pois ele é o Deus unigênito.
Eu não sei como foi a sua primeira semana de trabalho, ou na escola, ou em qualquer outra atividade, mas com Jesus foi ação definidora para tudo o que viria depois. Os discípulos a partir dali creram nele; tudo o que Maria guardava em seu coração começa a fazer mais sentido; os servos que levaram o vinho ao mestre sala viram o poder daquele que pode mudar a natureza humana; o mestre sala provou o que há de melhor da parte de Deus; o casamento durou mais um tempo, sem o noivo ser envergonhado; uma nova realidade passou a ser experimentada pela manifestação do Filho de Deus. Quanto tempo você precisa para esperar da ação de Deus em sua vida? Uma semana pode ser muito ou pouco tempo, mas no relógio de Deus o tempo é dele e ele o determina como quer, age como e quando quer. O que caberia àqueles homens e a nós hoje é confiar e aceitar o Filho unigênito de Deus.