A Páscoa era a primeira festa do calendário judaico, celebrada todo ano “no mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde” (Lv 23.5). Era a ocasião em que cada família em Israel comemorava a libertação da nação do Egito com o sacrifício de um cordeiro sem mancha. A festa também era a mais antiga de todos os dias santos dos judeus, sendo que a Páscoa foi celebrada na véspera da libertação israelita do Egito.
A Páscoa era imediatamente seguida pela festa dos Pães Asmos (Lv 23.6). Esse acontecimento durava uma semana, o que estendia o período inteiro de festa para oito dias. As duas festas eram tão intimamente associadas que o período de oito dias era às vezes chamado “a Páscoa” e às vezes chamado “a Festa dos Pães Asmos”. Porém em termos técnicos, a “Páscoa” refere-se ao décimo quarto dia de Nisã (o primeiro mês do calendário judeu) e “a Festa dos Pães Asmos” refere-se aos sete dias restantes do período festivo, que terminava no dia 2l de Nisã. (MACARTHUR, p. 36,37).
Para o cristianismo, a Páscoa significa a celebração da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição. A Páscoa Cristã é a celebração mais importante para o cristianismo. O “Domingo de Páscoa” celebra a ressurreição de Jesus Cristo.
Para nós cristãos, Jesus Cristo é a nossa Páscoa!
“Removei o fermento velho, para que sejais massa nova sem fermento, assim como, de fato, sois. Porque Cristo, nosso cordeiro da Páscoa, já foi sacrificado” (1Co 5.7).
A morte de Cristo torna-se a maior prova do amor de Deus por todos. Deus pegou o seu único Filho, e mostrou que ainda havia esperança para a humanidade. No terceiro dia, a ressurreição de Cristo venceu o poder da morte e selou a aliança entre Deus e o homem. A cruz que era um símbolo de morte, para os romanos, era uma ferramenta de assassinato, exposição e vergonha. Posteriormente, em Jesus, a cruz passou a ser o símbolo do milagre da vida. A cruz é central na compreensão do Evangelho de Cristo. A cruz passa a ser símbolo de esperança, de alegria e conquista.
“Então, no encontro do pecador com Seu Criador, é revelado o milagre da Cruz: Salvação e vida eterna com Cristo!” (DARRELL, p. 53).
Páscoa é vida e, essa é a mensagem reservada para a Igreja do Senhor Jesus Cristo, Nossa Páscoa. Na Páscoa somos levados ao Calvário e podemos relembrar o sofrimento de Cristo em nosso lugar. Ali na Cruz, Jesus Cristo cumprindo sua missão, declarou: “Está Consumado.” Esta não é uma expressão de derrota, antes, de vitória, de vida, pois Jesus ressuscitou vencendo a morte, cumprindo a Missão que recebeu do Pai. A missão foi totalmente realizada. Tudo foi consumado.
Levados ao túmulo vazio, encontramos a inscrição: “Ele não está aqui, porque ressurgiu. Aleluia, glória a Deus, pois em Jesus Cristo, a nossa Páscoa, a nossa esperança é viva e permanente.
Continuemos como Igreja de Jesus, proclamando a redenção que há em Jesus pois, “… Aquele que em nós começou a boa obra, a aperfeiçoará até o dia final”, pois Cristo ressuscitou e vivo está. Aleluia! Amém.
Bibliografia
BÍBLIA. Português. Bíblia de Referência Thompson. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição rev. e corr. Compilado e redigido por Frank Charles Thompson. São Paulo: Vida, 1992.
MACARTHUR John. A Morte De Jesus. Editora: Cultura Cristã. 2018
RICHARDS, Lawrence O. Teologia da Educação Cristã. São Paulo: Vida Nova, 1983.
DARRELL L. Bock. O Messias na Páscoa – Editora Cultura Cristã. Darrell L. Bock/Mitch Glaser. São Paulo, 2020.