O Natal é, para nós cristãos, muito mais do que um período de luzes, músicas e celebrações. É o momento em que recordamos e proclamamos ao mundo a verdade mais extraordinária da história: Deus se fez homem e habitou entre nós. Cerca de 700 anos antes do nascimento de Jesus, o profeta Isaías, inspirado pelo Espírito Santo, anunciou com precisão: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6).
Essa profecia revela algo grandioso: Jesus não nasceu apenas em Belém, mas por nós e para nós. Seu nascimento é o maior presente que Deus concedeu à humanidade. Ele é a prova suprema do amor do Pai, planejado antes mesmo da criação do mundo. Ao declarar “um filho nos foi dado”, Isaías afirma que Deus ofertou o seu próprio Filho para nossa salvação. Cristo é o presente eterno que transforma vidas e enche o coração de esperança.
Quando celebramos o Natal, não o fazemos simplesmente por tradição, mas por gratidão. Sabemos que Jesus provavelmente não nasceu no dia 25 de dezembro, mas essa data se tornou um marco para lembrarmos que o Deus eterno entrou na história humana. O Natal não começa na manjedoura, mas na eternidade. Antes de Belém, antes de Gênesis, antes de existir tempo ou criação, Jesus já era. “Antes de ser criado o mundo, aquele que é a Palavra já existia” (João 1.1). Ele é a Palavra eterna, sem princípio e sem fim.
O nascimento em Belém marca não o início de sua existência, mas sua manifestação em nosso mundo temporal. Natal é a eternidade de Deus encontrando a nossa história.
Todos os anos, igrejas ao redor do mundo contam essa narrativa tão conhecida, porém muitas vezes pouco compreendida. Crianças se vestem de pastores e anjos, peças são apresentadas, casas e templos são enfeitados. Entretanto, por trás da simplicidade dessa cena — uma jovem mãe, uma manjedoura e um bebê envolto em faixas — está a verdade mais profunda e maravilhosa: Deus veio pessoalmente ao mundo. “[…] e ela teve seu filho primogênito; envolveu‑o em panos e o colocou em uma manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2.7).
Assim se cumpriu a profecia anunciada séculos antes, inclusive por Miquéias 5.2: “Mas tu, Belém Efrata, embora sejas pequena entre os milhares de Judá, sairá de ti para mim aquele que reinará sobre Israel, cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”, confirmando que nada escapou ao plano perfeito do Senhor.
Por isso, podemos celebrar com alegria, louvor e gratidão. O nascimento de Jesus nos lembra que Deus não nos abandonou, mas veio ao nosso encontro. Ele é Emanuel — Deus conosco.
Alegre-se: o Deus eterno se fez homem e veio habitar entre nós. Ele trouxe salvação, paz, esperança e amor. O melhor presente de Natal é Jesus Cristo.
Feliz Natal!
Referência:
BEAUMONT, Mike. Guia prático da Bíblia. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.
GRAVES, Sue. O que é a Bíblia? Uma introdução ao livro da fé cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.
SILVA, Claudemir Pedroso da. Devocional dia a dia com Deus. São Paulo: DCL, 2012.
PRESENTE DIÁRIO. Um devocional para aqueles que buscam a Deus. São Paulo, SP: RTM Editora, 2025.
UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA BATISTA DO BRASIL (UFMBB).
Manancial: Meditações diárias. Rio de Janeiro: UFMBB, [s.d.].
