É essencialmente importante voltar ao tema dos Fundamentos da Educação Cristã para reforçar, inspirar ou corrigir a rota de todo aquele que ensina a Palavra de Deus.
Jesus havia passado 40 dias no deserto e estava com fome. O diabo entendeu ser a hora certa para tentá-Lo com relação à necessidade de buscar respostas para as questões básicas da vida. Mas Jesus o repreendeu citando a última parte do versículo 3, do livro de Deuteronômio 8: “Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’. (Mateus 4.4)
Como Lois E. LeBar explica, em seu livro Educação que é Cristã, o tempo dos israelitas no deserto foi uma grande escola para o povo aprender a ser povo de Deus. Quando já estavam às portas da terra prometida, Moisés, mais uma vez falou ao povo sobre a necessidade de aprender e praticar os ensinos do Senhor. E a associação que ele fez dessa necessidade foi com o maná. Algo que os Israelitas conheciam muito bem! No deserto, sem água, sem plantação, sem provisão feita para atravessá-lo, o povo não poderia sobreviver se Deus não tivesse providenciado o pão. A geração que havia nascido no deserto e que entrou na terra prometida, não conheceu armazéns onde se podia buscar ou comprar comida. Ela vinha diretamente do céu! O pão do céu! Vejamos o texto:
Tenham o cuidado de obedecer toda a lei que eu hoje lhes ordeno, para que vocês vivam, multipliquem-se e tomem posse da terra que o Senhor prometeu, com juramento, aos seus antepassados.
Lembre-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não.
Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar-lhe que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor. (Deuteronômio 8:1-3)
Que analogia, que comparação tão rica para Moisés usar como alerta ao povo que ficaria deslumbrado com a fartura da terra prometida. Ele queria que o povo continuasse a buscá-Lo para ouvir, guardar e praticar a Sua Palavra com a mesma diligência com que apanhavam o maná diariamente.
Ao usar esse texto de Deuteronômio para repreender o diabo, Jesus estava tornando clara a cilada tentadora do inimigo de induzir-nos a priorizar a busca do pão material. Esse claro, é indispensável. Mas, mais importante para a vida de todo o homem, é alimentar-se da Palavra de Deus que sacia não só a fome física, mas traz saciedade para todas as áreas da vida. Para isso, “a Palavra se fez carne, e habitou entre nós”, tornando-se o Pão da Vida para ser compartilhado. (Jo 1.14b: 6.35)
Nisso fundamenta-se toda a educação cristã do povo de Deus; quer seja no lar, na igreja ou na comunidade em geral. Deus instituiu pais e mestres para investirem as suas vidas, compartilhando com o testemunho de vida e palavra, o que recebeu graciosamente de Deus – o Seu Filho Amado e os seus ensinos como orientação para uma vida plena.
É importante enfatizar que não há necessidade de gastar tempo à procura de novos métodos. Em todos os tempos e lugares, nenhum método pode sobrepor-se ao ensinar com o exemplo através de uma vida pessoal que diligentemente busca, e é submissa e obediente à Sua Palavra. Com nosso exemplo em vista, é mais fácil passar isso para nossos filhos e alunos. Assim. ficará mais fácil também ensiná-los a diariamente buscarem por si mesmos e se alimentarem do Pão do Céu.