Com a pandemia ficou óbvio para as mais diversas organizações, inclusive igrejas, que a era da informação traria mudanças significativas. Faz muito tempo que os desafios da digitalização são evitados e pouco analisados pelas organizações de estrutura mais tradicionais.
Este despreparo abriu portas para uma renovação educacional mais atrativa aos seus usuários. Isto não significa que os meios usualmente adotados sejam ultrapassados, como a reunião de educador e aluno presencialmente. Este contato jamais será substituído, até porque os verdadeiros educadores fazem isto a todo momento, independente do ambiente. A vocação e a paixão pelo ensino falam mais forte. Mas, tratando de transformação digital, como fica a educação?
Educar não é o bastante
O tempo do mundo contemporâneo acontece rápido demais. Passamos a enxergar que, de fato, informação é poder e conhecimento, é o bem mais valioso a ser adquirido. Em razão disto, a igreja precisa estar atenta a este fluxo existente entre flexibilidade e integração para adaptarmos a tantas mudanças. Será necessário um esforço de nossa parte para que atendamos à demanda que chegará até nós, reforçando o recado de Jesus nos evangelhos, como relatado em Mateus 18.6 “Entretanto, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar.” Se um cuidado foi dispensado a nós como educadores, cabe-nos a responsabilidade de cumprir satisfatoriamente a expectativa do Mestre, e isto abrange desde o primeiro encontro com este novo discípulo até o momento que ele se sentir preparado para caminhar livre e seguramente pelos caminhos de Cristo. Se educar já era uma tarefa difícil, com toda essa evolução da inteligência artificial, a missão passa a ser educar melhor. Mas como educar alunos, se o corpo docente não está preparado?
Um educador mutante
Tenho reforçado uma realidade em meus canais digitais e grupos de trabalho que o educador cristão, atualmente, deixou de ser “apenas” um comunicador dos ensinamentos de Jesus e assumiu tarefas múltiplas para receber seus discípulos. “Para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu o que o mundo acha fraco” (1 Coríntios 1.27). O educador hoje tem que estar ligado na inovação, porque a forma de se comunicar no mundo mudou. Ele agora também virou uma personalidade virtual onde seus seguidores fazem comparações com outros influenciadores em potencial. É por isso, a tarefa do educador agora é educar melhor, para que o seu ensinamento seja sólido o suficiente e seu aprendiz seja capaz de comparar as transmissões de conteúdo que chegam até ele e constate que o ensinamento que recebeu de seu líder é compatível com a verdade bíblica esplanada. O educador é um líder de referência confiável.
Conclusão
A educação, entretanto, segue se reformulando, para que atinja o seu propósito. O educador cristão contemporâneo persegue, as tendências de inovação tecnológica para tornar seu momento de ensino atrativo e prazeroso junto aos seus alunos. Sua tarefa é difundir o ensino da Palavra de Deus, superando todas as barreiras que possam vir. A Educação Cristã é forte!
Nos próximos meses daremos continuidade a esta reflexão. Pensaremos sobre uma Educação Cristã que faz uso da transformação digital para gerar maior impacto da mensagem bíblica. Se este artigo edificou a sua vida, compartilhe com educadores, pais, pastores e vocacionados.
Kelly Sodré
Educadora e Teóloga
IBMéier – RJ