Investimos em prevenção do suicídio e cuidados com a saúde mental no “Setembro Amarelo”, especialmente no 10|09, dia mundial de prevenção.
Alguns gestuais ou reações de uma pessoa sob crise aguda que devem merecer nossa atenção:
– Desfazer-se de objetos de uso pessoal significativos.
– Abuso de álcool e/ou drogas.
– Estar deprimido ou sob algum transtorno de humor num certo período.
– Dramatizar comportamentos, tais como argumentos violentos.
– Mudar subitamente hábitos de comer ou dormir.
– Não demonstrar esperança sobre o futuro.
– Assumir riscos fora do comum.
– Expressar sobre não mais existir no futuro (ou sobre as pessoas estarem felizes sem ela).
– Falar da e sobre a morte a maior parte do tempo.
(Editado de David Lester e Talin Icli in Beliefs About Suicide In American Turkish Estudents, publicado no The Journal Social of Psichology (130:6, p. 826) e Lawrence e Ureda (p. 165-166).
ALGUNS MITOS SOBRE:
Jovens que falam em suicídio não o praticam x suicídios ocorrem sem aviso.
Quem ensaia, não faz x não vale a pena correr de perder alguém.
Melhora depois da tentativa de automutilação significa que o risco passou x os tentantes provavelmente tentarão novamente.
A pessoa que tenta suicídio quer morrer x razoável que esteja tentando superar, eliminar, a causa de sua angústia.
Toda pessoa que comete ou tenta suicídio está com depressão x transtornos mentais são recorrentes, mas não são facilmente identificáveis em muitos casos.
Perguntar sobre ideações suicidas faz com que ela faça-o x a ênfase da prevenção é justamente falar sobre a crise, estimular a livre expressão dos sentimentos.
Pessoas com propensão ao suicídio raramente buscam auxílio x devemos estar prontos e abertos para a escuta, presença e ajuda.
Suicídios só ocorrem no inverno x não há uma estação específica para o sofrimento, devemos estar atentos a todo o tempo.
PODEMOS AJUDAR
Mostre que você se importa que a pessoa não está sozinha; ofereça ajuda sem julgar ou dar conselhos: “Estou preocupado com você. Quer conversar? O que posso fazer para ajudar?”
Não compare sofrimentos: Não exija que o seu amigo se sinta alegre por ter menos problemas que outras pessoas. Cada um lida com os sentimentos de forma particular.
Pergunte à pessoa se sente tendência, desejo ou motivação ao suicídio. Se a resposta for “sim”, não entre em pânico; compartilhar pensamentos suicidas pode aliviar a sensação de isolamento.
Procure eliminar os meios para automutilação – proteção contra ambientes propícios (janelas, alturas etc.), distância de objetos cortantes, remédios etc.
Leve a pessoa a fazer uma afirmação verbal ou escrita se comprometendo a não tentar suicídio sem chamá-la; ou, disponibilize-se a ouvi-la quando quiser desabafar.
Se possível, ajude a superar ou a compreender sobre o problema que está causando|mantendo o indivíduo sob crise extrema.
Permaneça com a pessoa ou providencie companhia até passar|estabilizar a crise; contate pessoas próximas, mobilize uma rede relacional afetiva de escuta e apoio.
Encoraje|encaminhe|acompanhe a pessoa a procurar serviços profissionais de saúde e emergência: Psicólogo|Psiquiatra + Socorro imediato, SAMU 192 + Escuta imediata, CVV 188 + Saúde Mental SUS: CAPS + Corpo de Bombeiros, 193 + Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio – REBRAPS.
(Editado de Howard Rosenthal, Not With My Life I Don’t: Preventing Your Suicide and That of Others, pág. 36-47)
SUICÍDIO E MÍDIA
Eis algumas diretrizes da OMS para jornalistas e profissionais da Mídia
O QUE FAZER:
Trabalhar em conjunto com autoridades de saúde;
Referir-se aos casos como “consumado”, não como “bem-sucedido”;
Expor somente dados relevantes em páginas internas de impressos;
Destacar as alternativas ao suicídio;
Fornecer informações sobre canais e endereços de grupos de apoio e serviços onde se possa obter ajuda;
Mostrar indicadores de risco e sinais de alerta sobre comportamento suicida.
O QUE NÃO FAZER:
Não publicar fotografias do falecido ou cartas suicidas;
Não informar detalhes do método utilizado;
Não fornecer explicações simplistas;
Não fazer sensacionalismo;
Não usar estereótipos religiosos ou culturais;
Não atribuir culpas.
CUIDADOS
Maiores cuidados para com os que já possuem histórico de transtornos|adoecimentos.
Instituições devem prover espaços de acolhimento|escuta para pessoas sob dores e crises.
Atenção para manifestações de apatia, desinteresse ou desespero em relação à vida, por silêncios, gestos ou quaisquer sinais.
Porque falar sobre é a melhor solução!
Geraldinho Farias – é pastor da PIB em Boituva|SP, Psicólogo Clínico (CRP 06/88367) – Psicossomatista, Educador Cristão e Professor.