Quer seja no início de um novo ano ou durante os demais meses, sempre é um momento propício para reflexão e renovação. A nossa proposta para este exato momento é pensarmos sobre a busca da paz. Essa busca é fortalecida pelo amor gracioso de Deus, que nos capacita a superar barreiras e a construir pontes de entendimento.
William Lane Craig, em Apologética Cristã para Questões Difíceis da Vida, escreve: “A fé cristã não é uma fé apática, uma fé de cérebros mortos, mas uma fé viva, inquiridora. Como Anselmo afirmou, a nossa fé é uma fé que busca entendimento” (p. 29). Essa fé ativa é o motor que nos impulsiona a promover a reconciliação e a paz. Não se trata apenas de crer, mas de viver essa crença de forma prática e transformadora.
O apóstolo Paulo reforça essa ideia em Romanos 12.18: “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” Esse versículo destaca nossa responsabilidade em buscar a paz, mesmo diante de diferenças e conflitos.
Jesus também nos desafia a sermos pacificadores: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9). Ser pacificador é refletir o amor de Deus em ações concretas, promovendo justiça, perdão e harmonia. O amor gracioso não é passivo; ele exige de nós coragem para enfrentar as dificuldades e se cercar de esperança para acreditar na transformação.
Ser pacificador não é apenas uma postura interior, mas um chamado à ação. Essa atitude exige de nós um compromisso ativo com a construção da paz e da reconciliação em todas as áreas da vida. Para que esse amor se torne visível, é necessário cultivar práticas que nos ajudem a crescer espiritualmente e impactar o mundo ao nosso redor. A oração diária, o estudo da Palavra, a reconciliação intencional, o serviço ao próximo e a comunhão cristã são formas concretas de viver esse chamado, permitindo que a graça divina se manifeste por meio de nossas atitudes e escolhas.
Cinco práticas para um ano grandioso em Cristo
- Dedique-se à oração diária: Busque a orientação de Deus em todas as suas decisões, pedindo que Ele o guie em amor e sabedoria (1Tessalonicenses 5.17).
- Cultive o hábito de estudar a Palavra: Reserve tempo para meditar nas Escrituras, permitindo que ela molde suas atitudes e comportamentos (Salmos 119.105).
- Pratique a reconciliação: Sempre que possível, promova a paz, perdoando ofensas e resolvendo conflitos com graça e amor (Romanos 12.18).
- Sirva ao próximo com alegria: Dedique-se a ajudar os necessitados, seja em sua comunidade ou em projetos de alcance maior, como expressão prática do amor cristão (Gálatas 5.13).
- Participe ativamente da comunhão cristã: Engaje-se em sua igreja local, fortalecendo a fé ao compartilhar experiências e crescer junto com outros irmãos em Cristo (Hebreus 10.25).
A nossa oração é que cada leitor possa refletir o amor de Deus através da paz. Que possamos buscar a paz e a reconciliação em nossas famílias, comunidades e no mundo. Assim como nossa fé é viva e inquiridora, que nossas ações reflitam a graça divina que recebemos em Cristo. Inspirados por sua entrega, avançemos, com determinação para sermos agentes de paz. Afinal, a verdadeira paz começa no coração, moldado pelo amor gracioso de Deus.
Concluímos, portanto, que ao adotarmos práticas que reflitam nossa fé ativa e comprometida, tornamo-nos verdadeiros pacificadores, capazes de promover justiça, perdão e harmonia em todos os aspectos de nossas vidas.
Bibliografia
A Bíblia Sagrada. Versão Almeida Revista e Atualizada.
Craig, William Lane. Apologética Cristã para Questões Difíceis da Vida. São Paulo: Vida Nova, 2010.