“Olhando para ele, Jesus o amou e disse-lhe: Uma coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres;
e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me”. (Marcos 10.21)
A pandemia, além de muitas mortes, trouxe a necessidade de adaptações. Recentemente, para poder participar de uma live, precisei criar uma conta no Instagram. Era algo que eu já resolvera que não faria, até que as circunstâncias mudaram. Sem qualquer esforço e sem nenhuma postagem, estou com 50 seguidores. Parece um grande feito (sem ter postado nada!), mas, uma rápida busca na internet me mostrou que alguns perfis podem chegar a mais de 200 milhões de seguidores. Fiquei me questionando o que leva a essas pessoas postarem, que tantos outros querem muito saber! Ou se o que é postado é tão importante para que milhares as sigam? Não sei! Mas, e você, já parou para refletir o porquê das pessoas lhe seguirem ou por que você segue pessoas? Com certeza deve ter um bom motivo para isso!
Um seguidor tem sempre um sentido para tal. Pode ser por um motivo religioso, nesse caso é um fiel, um crente; pode ser por um motivo filosófico ou de pensamento, sendo assim, é um adepto; pode ser pela necessidade de participar de um grupo, e nesse caso é um imitador, um apreciador; ou o motivo pode ser partidário, sendo daí um filiado. Eu não sei em qual sentido de seguidor você se enquadra, mas para seguir ou ser seguido precisa existir pelo menos, uma concordância de ideias. A não ser que o seguidor seja um inimigo e o motivo seja o mal do outro. Ter algo em comum é um primeiro requisito para os seguidores.
“Vem e segue-me” foi uma expressão usada por Jesus em várias ocasiões e aqueles que a ouviram deixaram o que faziam para seguir a Jesus. Aqui, no entanto, temos uma exceção, pois aquele que ouviu o convite apenas saiu cabisbaixo, triste. A continuação da leitura do texto bíblico diz que o motivo foi que ele possuía muitos bens. A questão é que a suposta confiança na ilusória proteção que os bens possam dar, seja maior que a verdadeira confiança que se pode ter no Filho de Deus.
Seguir a Cristo não é brinquedo, não! É sofrimento, é abdicação e é completa dependência de Deus. Aquele jovem não estava preparado para deixar sua zona de segurança e embarcar em algo que já de cara traria a morte para si mesmo, pois seguir a Cristo é morrer para si mesmo; é abandonar tudo que divide sua afeição e amor; é deixar tudo que traga exaltação e ideia de sucesso pessoal. O que até então para ele era algo certo!
Seguir a Cristo não é tarefa para todos, pois envolve um preço que muitos não estão dispostos a pagar – a negação do eu e a aceitação de Jesus como ele é! Para seguir a Cristo, pode-se ter que despender de um custo alto demais. Você acha que Maria, mãe de nosso Senhor, não o pagou? Imagine uma moça solteira, numa sociedade altamente conservadora, aparecendo grávida, contando uma história de que foi obra do Espírito Santo! E José, aceitar uma situação dessas; como seria visto pelos outros homens e como ele olharia para aquele filho que não era dele? Mas eles deixaram tudo para confiar na promessa de Deus e o seguiram. Pense nos onze discípulos, em Paulo ou mesmo nos heróis da fé que creram apenas numa promessa! (Hb 11).
São muitos exemplos de homens e mulheres que deixaram tudo, que pagaram um alto preço para seguir Àquele que poderia lhes trazer muito mais. Eu não sei as qualificações de quem você está seguindo, e nem o porquê de estar seguindo, mas saiba que nenhum deles tem um custo tão alto e um benefício maior ainda do que aqueles que seguem a Cristo. O chamado que Jesus fez àquele jovem é o mesmo chamado que Jesus faz hoje – venha e siga-me! Só há uma resposta a ser dada que vai fazer você sair de cabeça erguida!