“Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.” (João 1:34)
Qual dúvida que fica quando um fato acontece a sua frente e você comprova algo? Se você não estiver “buscando pelo em ovo” não haverá mais espaço para dúvida, certo?! A declaração de João Batista parece seguir nesta direção. Ele ainda usa a locução adverbial afirmativa – de fato – dando uma indicação de certeza do que viu, de veracidade do mesmo e da comprovação a que chegou. Para João, Jesus é DE FATO o Filho de Deus, o Cordeiro Santo que tira o pecado do mundo. Ele não tem dúvida alguma quanto a isso.
A certeza de João Batista reside em contundente prova de quem era o Filho de Deus que viria. João Batista identificou os sinais e os atestou, não lhe deixando dúvidas de quem era aquele homem Jesus, seu primo. Este Jesus o precedia em tudo, era o Deus encarnado e que agora se manifestava. Ele o identifica como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Jesus foi confirmado pelo sinal da pomba descendo, como relatado pelos outros evangelhos, que também seria o sinal de que Jesus era quem batizaria com o Espírito Santo. Daí João contrapor
que ele batizava com água, mas aquele de quem ele anunciava batizaria com o Espírito Santo.
João Batista não para por aí, pois após revelar quem era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, conduz as pessoas a ele. Estava convencido de que sua missão era somente a de preparar o caminho para o Rei e Messias que viria. Como é importante a clareza de nossa missão, pois assim podemos fazê-la com afinco, sem duvidar do que poderá acontecer. Ele estava pronto a ir até as últimas consequências, ao revelar o coração pecaminoso do povo e de que o arrependimento era necessário. Isto lhe custou a própria vida, que foi ceifada de modo tão trágico. Mas João Batista estava disposto a cumprir o que lhe incumbia, pois após reconhecer tamanha missão e quem ele representava estava disposto a tudo.
Antes de sua morte, João Batista foi preso e na prisão continuou seu ministério de anunciar e regar o arrependimento, talvez não de forma tão intensa quanto antes, mas continuou. Os discípulos dele tiveram um papel importante nisso e podiam visita-lo na prisão. Nestas visitas, parece que houve alguma dúvida entre seus discípulos sobre quem era Jesus. Mas para João Batista não, afinal ele já havia (de fato) comprovado que Jesus era o Filho de Deus e era por causa dele que ele estava ali. Na dúvida dos discípulos, João Batista então os envia a Jesus. Alguns alegam que João Batista na prisão duvidou, mas acredito que ele enviou os discípulos com suas dúvidas para que na presença do Filho de Deus eles mesmos chegassem a esta conclusão sobre Jesus. O Mestre não recrimina João, ao contrário faz uma declaração que atesta não só o chamado de João Batista, mas a grandeza de quem cumpre seu chamado. João não duvidou daquele que antes já atestara que (de fato) era o Filho de Deus.
Ninguém que atesta esta verdade pode duvidar depois, pois quem faz esta confirmação é o próprio Espírito de Deus em nós. Sim! o mesmo que agiu no Senhor Jesus e o ressuscitou de entre os mortos é que nos mantém até o final! Assim, pra começo de conversa os que são chamados também são capacitados para crer. Isto não quer dizer que uma dúvida ou outra não venham a aparecer. Mas, essas dúvidas só permanecem até antes da ação do Espírito Santo de Deus em nós e nos acalme o coração. Isso não implica que a partir daí, já saibamos tudo sobre ele, pois isso vamos conhecendo aos poucos. Agora, ter certeza de que Jesus é o Filho de Deus é obra do Espírito Santo em nós, necessária para a salvação, e chegará um dia em que todo olho verá e todo joelho se dobrará diante do Filho, quando não haverá qualquer espaço para dúvida. Então, pra começo de conversa quem é Jesus pra você?