Transformação Digital é só tecnologia?

Se você acha que Transformação Digital é simplesmente usar a tecnologia para tentar melhorar o desempenho de uma escola ou organização, este post é para você!

O meu objetivo é te ajudar a entender que Transformação Digital não é apenas uma simples mudança estrutural impulsionada pelo número de tecnologias disponíveis e dentro de uma lógica de causa e efeito do tipo: ‘quanto mais tecnologia, mais Transformação Digital’. Mais do que isso, estamos diante de uma mudança cultural, cunhada em um novo contexto global e não apenas no crescimento do uso de tecnologias proporcionada pela internet. Embora seja evidente o fato de que as mudanças tecnológicas avançam mais rápido que nunca, é preciso compreender que se trata de um fenômeno muito mais complexo.

Se estamos falando de algo maior do que o simples uso de soluções tecnológicas em uma organização, o que seria, então, a tão falada Transformação Digital?

Transformação Digital é o processo de implementar uma mentalidade (mindset) digital em todas as áreas de uma organização. Mesmo quando a atividade da organização não esteja relacionada com tecnologia e seus serviços sejam totalmente analógicos, como é o caso das igrejas e outras organizações religiosas.

Se os processos utilizados na organização obedecem à lógica do mundo digital, estamos falando de Transformação Digital. E qual é essa lógica? É a lógica das mudanças rápidas, das respostas instantâneas, da flexibilidade e da agilidade. Para que você entenda melhor, explicamos, abaixo, alguns aspectos que podem ser considerados como pilares da transformação digital dentro do contexto da Educação Cristã:

1. Foco nos participantes –É necessário entender profundamente as preferências e os desejos das pessoas que participam dos programas educacionais. Também é importante analisar o perfil de comportamento dos membros e das pessoas da comunidade em que a igreja está inserida. Isso não deverá impactar o conteúdo Bíblico que é oferecido, mas deve impactar a forma como este conteúdo está sendo oferecido, pois essas informações precisam ser levadas em consideração para o planejamento.
2. Feedbacks constantes –Não existem programas educacionais perfeitos. Todos possuem fragilidades, pontos que não são contemplados e até mesmo erros. Como agora existem muitas possibilidades para se obter feedback, é preciso colher e analisar as informações para aprimorar cada vez mais o programa educacional.
3. Agilidade –Está tudo acelerado e com esta nova demanda é necessário agilidade nas mudanças que precisam ser feitas. As coisas precisam acontecer com mais rapidez e com a máxima eficiência. Como vimos no item anterior, os feedbacks constantes podem ser de grande ajuda para manter uma mentalidade de mudanças rápidas e ágeis, que são características da lógica digital.
4. Adaptação –As entregas precisam ser mais ágeis porque o contexto está mudando constantemente. A igreja, assim como outras organizações, precisa desenvolver a capacidade de flexibilizar seus processos, ser resiliente diante de mudanças tão rápidas.

Você percebeu que não mencionamos a tecnologia em nenhum dos aspectos acima? Isso não quer dizer que ela não possa estar presente. Pelo contrário, as novas tecnologias podem tornar tudo isso muito mais fácil e dinâmico. Num processo de Transformação Digital é necessário internalizar estes pilares e implementar a mentalidade digital entrelaçada ao uso de tecnologia. Antes de fazer qualquer mudança estrutural, é muito importante passar por esta mudança cultural para obter todos os benefícios que a Transformação Digital tem a oferecer.

O objetivo final é melhorar o serviço que prestamos a Deus e tornar a Educação Cristã mais enxuta, eficiente e produtiva, sem deixar de atender às necessidades dos participantes do seu programa e atrair mais pessoas para o estudo da Palavra de Deus.