Envelhecer sim, perder a alegria jamais!

  “ […] a alegria do SENHOR é a vossa força” (Ne 8.10)

Segundo a projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) para o ano de 2100, os idosos superarão os jovens em 7 milhões, e quatro em cada dez brasileiros serão idosos. É de suma importância investir em educação, saúde e lazer, com políticas públicas assertivas para promover um envelhecimento saudável na população. Se submetidos a novas maneiras de tratar as doenças que ocorrem no processo de envelhecimento, os idosos serão capazes de transitar, trabalhar, viajar e desfrutar de momentos de lazer, o que fará a diferença no processo de envelhecimento. Em abril de 2002, na Segunda Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, realizada em Madri, foi aprovado o Plano Internacional de Ação sobre o Envelhecimento (PIAE). O documento foi referendado por todos os países membros das Nações Unidas, afirmando um compromisso internacional em resposta ao crescimento mundial da população idosa. O PIAE define três áreas para ações imediatas: a) incluir o envelhecimento populacional na agenda do desenvolvimento; b) promover a saúde do idoso de forma global; c) empreender políticas de meio ambiente (tanto físico quanto social) que atendam a sociedades que envelhecem. Envelhecer é uma experiência pessoal e única; cada um pode fazer do próprio envelhecimento um processo de crescimento contínuo, não biológico, mas de aprendizado e convívio, de autoconhecimento e compreensão (Cortella e Rios, 2013, p. 17). Os autores entendem que o processo de envelhecimento acontece no coletivo e não individualmente. Partindo da introspecção com autoconhecimento, ele se aprimora no coletivo, convivendo com outras pessoas. Esse conceito é revolucionário, pois até então o envelhecimento era concebido de maneira individual, onde o idoso era aposentado e excluído do convívio social em total isolamento, tendo como perspectiva de vida a finitude e depreciação do eu .Este projeto propõe um despertar mental, físico e espiritual para a valorização dos idosos cristãos. Os objetivos incluem: 

Promover um condicionamento físico de baixo impacto: hidroginástica, caminhadas, etc., em parceria com Universidades. 

Atendimento médico voltado para a terceira idade: ortopedista, psicólogo, psiquiatra, cardiologista, fisioterapeuta, nutricionista, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. 

Atividades de lazer: jogos diversos, campeonatos, disputas de soletrando, adivinhas, viagens (Agência Municipal de Turismo e Lazer), passeios (cinema com cotas para idosos, teatro com descontos para idosos), museus da UFG etc. 

Capacitar pessoas que queiram cuidar de idosos: parceria com a faculdade de enfermagem e bombeiros para primeiros socorros. 

Valorizar a memória afetiva: onde o idoso é adotado por um jovem ou criança, com almoços, piqueniques, encontros de gerações e doações de produtos diversos. 

Utilizar aplicativos do celular: caça-palavras online grátis, quiz bíblico, jogo da memória etc. 

Criar uma escola de culinária: para que os idosos possam aprender a arte da gastronomia. 

Propiciar um ateliê de costura: para que possam desenvolver a arte da costura, produzindo cobertas de retalhos, tapetes, lençóis, fronhas etc. 

Elaborar um sarau com produções literárias feitas por eles, buscando estagiário de Letras. 

Intercâmbio com igrejas: da cidade ou outras cidades. 

Estabelecer uma oficina de canto permanente: com canto coral, solo, junto com crianças e adultos, para futuras apresentações. 

Cadastrar o CNPJ da igreja na Receita Federal para receber doações em forma de redução de imposto de renda. Esse projeto foi realizado na Primeira Igreja Batista de Vera Cruz ,Goiânia \Goiás sob a supervisão do Pastor Altamir Rodrigues. Escolhemos o objetivo: Valorizar as memórias os idosos, onde três ações foram escolhidas: 

• Encontro de gerações com músicas , histórias e lanche de acordo com a culinária dos jovens, crianças e idosos, 

• Churrasco da comunhão onde todas as gerações participaram e por último, 

• entrega de cestas básicas a idosos carentes.

Referências bibliográficas 

CORTELLA, M. S.; RIOS, T. A. Vivermos mais! Vivermos bem? Por uma vida plena. Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2013. (Coleção Papirus Debates). 17, 33, 49, 65 e 97 p.  

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. 2020. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101726.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2023.  

KALACHE, A.; KELLER, I. The greying world: a challenge for the 21st century. Science Progress, v. 83, n. 1, p. 33-54, 2000. 

ONU – Organização das Nações Unidas. Plano Internacional de Ação sobre o Envelhecimento. Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento. Madri: Ciência e Saúde Coletiva, 2002. 

STRINGER, E. T. Pesquisa-ação: um manual para profissionais. Thousand Oaks: Sage, 1996.OMS – Organização Mundial da Saúde. Envelhecimento ativo: um quadro de políticas. 2002. Disponível em: <https://www.who.int/ageing/publications/active_ageing/en/>.